17/09/2021 às 19:37, atualizado em 18/09/2021 às 18:26

GDF zera fila nos centros de radioterapia

Consultas também tiveram aumento de 30% em comparação ao ano passado. Este ano, 1.779 pacientes já foram atendidos

Por Ana Luiza Vinhote, da Agência Brasília | Edição: Renata Lu

A fila nos centros de radioterapia do Distrito Federal está zerada. As consultas desse tipo de atendimento para pessoas com câncer, oferecido nos hospitais de Base, Taguatinga, Universitário de Brasília – além das unidades contratadas junto à rede privada – aumentaram quase 30%. Até julho de 2021, 1.779 pacientes foram atendidos. No mesmo período do ano passado, 1.376 pessoas tiveram assistência.

Só foi possível acelerar os atendimentos no HRT graças ao aumento da performance de todas as unidades que ofertam a radioterapia na rede de atendimento do DF | Foto: Paulo H Carvalho/Agência Brasília

“Somos privilegiados por ter um emprego no qual somos pagos para fazer o bem ao próximo. Com o desenvolvimento tecnológico que temos aqui, é possível aumentar as chances de cura ou diminuir sintomas, desconfortos”Ricardo Reis, físico médico do Centro de Radiologia do HRTesquerda

Atendimento de excelência

Maria Aparecida fez cerca de 30 sessões e segue com o tratamento na rede pública da capital. “Eu só tenho a agradecer a toda equipe. Desde quem fica na portaria até os médicos e ao nosso governador Ibaneis Rocha”, destaca. “Fui muito bem atendida desde o início do procedimento. Ter essa assistência com profissionais tão dedicados faz toda diferença no resultado final”, ressalta.

O físico médico Ricardo Reis, 34 anos, faz parte da equipe do Centro de Radiologia do HRT. Além de auxiliar os médicos durante o tratamento, ele também é responsável por garantir a segurança e eficácia do equipamento e a dosagem de radiação. Ele também cuidou de Maria Aparecida e valoriza a importância de um bom atendimento.

“Conseguimos montar uma boa equipe, com valores institucionais. É muito gratificante trabalhar aqui”, comemora Ricardo. “Somos privilegiados por ter um emprego no qual somos pagos para fazer o bem ao próximo. Com o desenvolvimento tecnológico que temos aqui, é possível aumentar as chances de cura ou diminuir sintomas, desconfortos”, salienta o profissional.

Outros serviços

Esta semana, os primeiros exames feitos com o equipamento PET-CT – que gera imagens de alta definição para diagnósticos mais precisos de câncer e outras doenças – foram realizados no Hospital de Base. A unidade é a primeira e única da rede pública que tem esse equipamento. A previsão é de que na próxima semana sejam feitos mais procedimentos.

O aparelho, que pesa cinco toneladas, foi adquirido em 2013 ao custo de 1 milhão de dólares. Em 2019, ele começou a ser instalado. Já este ano, profissionais da saúde recém-contratados foram treinados para operar o equipamento sofisticado.

Em junho, após longa batalha judicial e negociação por parte do governo local, as obras da primeira unidade oncológica do DF começaram. O Hospital Oncológico Doutor Jofran Frejat está sendo erguido ao lado do Hospital da Criança, no Setor de Áreas Isoladas Norte (Sain), ao custo de R$ 99,9 milhões. O local terá capacidade de atender até 9 mil pessoas por ano. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o DF registra, anualmente, cerca de 5,5 mil casos da doença em adultos.