Bem-vindo(a) ao nosso site! Encontre informações essenciais e serviços para melhorar sua experiência cidadã. Explore e aproveite ao máximo!
Abaixo listamos as Secretarias, Órgãos e Entidades vinculados ao Governo do Distrito Federal, para acessá-los clique na lista ou pesquise.
Na lista abaixo são listadas todas as Administrações Regionais que compõe o Distrito Federal, para acessá-los clique na lista ou pesquise.
22/11/2021 às 17:30, atualizado em 23/11/2021 às 11:49
Cardápio sempre tem proteínas, carboidratos, frutas e hortaliças; gestores de escolas públicas falam como administram a oferta de alimentação
“Se eu sei que faltará arroz, por exemplo, meu papel como gestor é falar com a nutricionista. Ela vai fazer uma guia de transferência e procurar uma escola que tenha o gênero sobrando. Do ponto de vista teórico, a merenda nunca vai faltar. Sempre vai sobrar, porque ela sempre vem para o total de alunos, e temos sempre algum faltante. A tendência é que o saldo seja maior na dispensa”, avalia.
A Secretaria de Educação necessita de 4,3 mil toneladas de gêneros perecíveis e 746.143,90 quilos de gêneros não perecíveis, por ano, para atender as escolas do DF.
Liberdade para o cardápio
Apesar de disponibilizar de nutricionistas e sugestões nos cardápios, a secretaria deixa as unidades à vontade para adaptações na alimentação dos estudantes. “É preciso fazer uma gestão de alimentos. Está faltando carne vermelha, por isso está vindo muito peixe e frango, que também são proteínas”, explica.
“O que eu tento fazer é pesquisar e sugerir outras formas, ao molho, assado e panache [receita com mistura de legumes]. Isso dá trabalho. Mas a nossa função é oferecer uma alimentação saudável e nutritiva para os nossos alunos”, explica o vice-diretor da Escola Classe 15 de Ceilândia.
Merendeira há nove anos na escola, Maria de Lourdes Silva, 63, diz que criatividade é o que não falta na cozinha da EC 15: “A gente procura garantir uma comida variada, balanceada e colorida e tenta cumprir o cardápio proposto à risca”.
Na avaliação do vice-diretor, as adaptações do cardápio também servem para estimular a reeducação alimentar. Ele cita crianças que aprenderam a comer brócolis e outros alimentos na escola.
“A merenda na escola integral tem um efeito de distribuição de renda. O dinheiro que o pai economiza com alimentação pode ser gasto com outra coisa. Temos alunos carentes que passam fome em casa. Eles falam que o dia mais alegre é a segunda-feira e o mais triste é a sexta-feira, porque no sábado e no domingo não sabem o que vão comer”, lamenta o gestor.
Esse foi o caso dos irmãos Mesquita Silva, Luís Davi, 11 anos, e Lara, 8, que provaram, pela primeira vez, canja e chuchu na merenda da EC 15. “Eles gostam bastante da merenda. Para mim, é muito bom. Porque o meu custo com os alimentos diminuiu. O que eu comprava para uma semana, hoje dura um mês”, afirma Nathália Souza Mesquita, mãe dos estudantes e voluntária da escola.
A autônoma Adriana Vieira Gonçalves, 44 anos, explica que desde que a filha Pietra, 9 anos, começou a estudar na Escola Classe 15 de Ceilândia, ela acompanha a merenda. “Para mim, é maravilhoso, porque é oferecida uma boa alimentação para a minha filha”, comenta. O prato favorito de Pietra é salada. “Ela nunca foi uma criança com dificuldade de se alimentar, mesmo em casa, mas aqui tem uma variação maior na alimentação”, completa.
Muitas crianças acabam tendo contato na escola com frutas, verduras e legumes. Isaac Lourenço, 7 anos, gosta do momento do lanche em que pode comer alimentos como banana e melancia. “Eu gosto da hora da merenda. Como tenho alergia a leite, eu gosto de comer banana e melancia. No almoço, eu gosto de arroz, feijão e frango”, revela.
Já Mariana Juliana da Silva, 8 anos, destaca a proximidade dos alunos com os ingredientes. A escola conta com uma horta com alface e cebolinha que é cuidada e colhida pelos estudantes para incrementar o cardápio. Eles também são ensinados a reproduzir a horta em casa. “A gente sempre vai lá [à horta] para regar”, explica Mariana, que, toda animada, levou algumas folhas para as merendeiras.