14/01/2022 às 13:33, atualizado em 14/01/2022 às 16:50

Variante Ômicron é a predominante no Distrito Federal

Aumento do número de casos não é proporcional ao de internações

Por Agência Brasília* | Edição: Chico Neto

“É esperado um aumento das internações, mas não de maneira proporcional à quantidade de casos. Não será como na primeira onda ou na segunda onda”Fernando Erick Damasceno, secretário adjunto de Assistência à Saúdeesquerda

A variante Ômicron do coronavírus Sars-CoV-2 já é a predominante no Distrito Federal. De acordo com o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), um novo sequenciamento genômico finalizado pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) revelou que 84,61% das amostras eram da variante Ômicron, sendo o restante da variante Delta. Dessa forma, já é possível afirmar a predominância da variante africana.

Ao todo, são 59 casos da Ômicron confirmados pela unidade de saúde, mas o entendimento é que essa predominância também se reflita nos casos não investigados. “Essa evolução abrupta está diretamente relacionada à variante Ômicron”, avalia a chefe do Cievs, Priscilleyne Reis.

O secretário adjunto de Assistência à Saúde, Fernando Erick Damasceno, lembra que o DF tem apresentado números da pandemia que confirmam as características da Ômicron registradas em outros países, como maior capacidade de infecção, mas com menor gravidade. “É esperado um aumento das internações, mas não de maneira proporcional à quantidade de casos”, diz. “Não será como na primeira onda ou na segunda onda.”

Reforço

A Secretaria de Saúde (SES) adotou providências para aumentar a disponibilidade de leitos, além de reforçar a testagem para acompanhar a evolução da doença e impedir novas infecções. “O nosso objetivo é diminuir a circulação do paciente positivo”, afirma Fernando Erick.

O DF também tem hoje mais de 11 mil casos de influenza A confirmados, sendo 217 subtipados como H3N2. Há, também, 530 casos de coinfecção de influenza e covid-19. “A grande maioria dos casos serão síndromes gripais, seja pela influenza, seja pela variante Ômicron, com sintomas leves ou até sem sintomas”, explica o secretário adjunto. Porém, para combater as infecções, a orientação é a mesma aplicada às duas doenças: utilizar máscara e álcool gel, evitar aglomerações e manter a chamada etiqueta respiratória.

Fernando Erick ressalta que o cenário atual, com aumento da procura nas unidades básicas de saúde e nas emergências dos hospitais, requer respeito aos profissionais de saúde. “Essa fila grande, às vezes a demora, não é culpa da técnica de enfermagem, da enfermeira, do médico que está na linha de frente”, avalia. “É toda uma conjuntura de sobrecarga, e esse profissional está dando o sangue e tem que ser valorizado em todos os momentos.”

Vacinação

Os gestores da pasta defendem que a proteção no DF contra a covid-19 é resultado da cobertura vacinal alcançada até o momento. “Hoje, temos a tranquilidade e o orgulho de dizer que o DF atingiu 92,02% da sua população acima de 12 anos com o esquema de vacinação pelo menos iniciado ou com a dose única”, destaca o diretor de Vigilância Epidemiológica da SES, Fabiano dos Anjos.

Até o momento, foram mais de 5 milhões de doses de vacina aplicadas. Somente na última semana, foram aplicadas 101.849 doses, com destaque para 3.620 pessoas que decidiram receber a primeira dose.

O secretário de Saúde, Manoel Pafiadache, convoca todos que ainda não foram em busca da imunização: “O nosso escudo vacinal é de responsabilidade de todos nós. E todos aqueles que ainda estão indecisos, por favor, lembrem-se que estamos fazendo algo muito positivo para a coletividade”.

*Com informações da Secretaria de Saúde