15/02/2022 às 17:27, atualizado em 16/02/2022 às 10:20

Programação celebra centenário da Semana de Arte Moderna

Homenagens tiveram começam nesta terça-feira (15), às 20h, com concerto no Museu Nacional da República

Por Agência Brasília* I Edição: Débora Cronemberger

A Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) celebra o centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, comemorado neste mês de fevereiro. A primeira homenagem é regida pela Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (OSTNCS), que, nesta terça-feira (15), às 20h, no Museu Nacional da República (MuN), executa concerto com algumas das “Bachianas”, de Heitor Villa-Lobos. A entrada é franca, por ordem de chegada, com exigência do uso de máscaras e do cartão de vacinação.

Exposição no Museu de Arte de Brasília (MAB), a partir desta quarta-feira, inclui a xilogravura “Comitê de Solidariedade”, de J. Borges

Ao lado dessas duas peças, o MAB vai colocar três obras de seu acervo: “Comitê de Solidariedade”, xilogravura sem data, de 48 x 66 cm, de J. Borges; “Afoxé dos Filhos de Congo” (1947/1948), 21 x 21 cm, de Pierre Verger; e “Casarão”, sem data, uma aquarela de 38 x 28 cm, de Pedro Henrique de Orleans e Bragança.

“Essas não são obras da Semana de 1922, mas vamos expô-las porque seus autores foram influenciados pelos artistas do evento em São Paulo”, conta o gerente do espaço.

As obras de Verger,  que se inspiram na cultura de matriz africana, e de J. Borges, de matriz popular, representam vertentes que, até então marginalizadas, passam a ter reconhecimento crítico e de pesquisa após a Semana de 1922.

Mostra em junho no MUN

O Museu Nacional da República (MUN) programa a exibição “Modernismo Expandido”, em junho, na Galeria Principal. “A mostra pretende apresentar uma visão mais ampla do movimento modernista, mostrando como ele se articulou, expandiu e consolidou-se nos diversos estados brasileiros”, explica a diretora Sara Seilert.

A exposição vai apresentar núcleos de modernismo que se espalharam pelo Brasil, em cidades como Recife, Belo Horizonte, Salvador, Fortaleza, Porto Alegre, Curitiba.

A mostra reunirá cerca de 70 obras de coleções públicas e particulares e será acompanhada por material documental, reunindo revistas e textos críticos, material literário e uma cronologia ilustrada sobre a expansão do modernismo pelo país. Um seminário sobre o tema apresentará leituras contextualizadas da semana que mudou a maneira como o Brasil passou a se ver no espelho da cultura.

*Com informações da Secec