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17/02/2022 às 15:18, atualizado em 17/02/2022 às 16:38
As 80 escolas públicas da região estão focadas na recuperação da defasagem e nos protocolos sanitários preventivos
A internet foi um dos fatores que dificultaram o aprendizado dos estudantes que moram em áreas rurais no Distrito Federal durante a pandemia de covid-19. É o que relata Aiury Siussa Macedo Silva, moradora do Núcleo Rural Cariru. Ela é mãe da pequena Ketlen, 5 anos, estudante da Escola Classe Cariru, que atende mais de 100 estudantes do ensino infantil e ensino fundamental I.
Ensino rural
Docente há mais de 25 anos no Cariru, a diretora Edilene Ferreira de Oliveira conta que a equipe estava ansiosa para receber os alunos de volta fisicamente, principalmente para poder ajudar as crianças com a defasagem do período do ensino remoto e híbrido.
“Foi muito difícil. Tínhamos uma ansiedade porque a gente sabe que esse distanciamento da escola traz muito prejuízo para os estudantes. A escola física é insubstituível”, comenta. Para Edilene, o retorno presencial é ainda mais importante na área rural. No DF, existem atualmente 80 escolas nas regiões rurais. “As dificuldades de tecnologia e atendimento à internet são grandes na área rural”, completa.
A merenda escolar também era uma questão preocupante para os estudantes das escolas rurais. “A gente sabe que tem muitas famílias passando por dificuldades. Aqui eles podem comer. E comem bem, viu? As crianças consomem bem as verduras e as frutas”, acrescenta a diretora.
A escola se preparou para o retorno com foco na recuperação da aprendizagem. “Desde a semana pedagógica estamos trabalhando efetivamente em cima disso, de fazer um mapeamento e um diagnóstico para saber a real situação dos alunos e começarmos o projeto de intervenção”, diz.
O outro trabalho do centro de ensino foi a manutenção dos protocolos de segurança. Na EC Cariru, há medição de temperatura, torneiras para lavagem das mãos na entrada, totens de álcool gel e cobrança do uso de máscaras.