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10/03/2022 às 16:21, atualizado em 10/03/2022 às 17:02
São dez equipes espalhadas pelas 33 regiões administrativas. Ao todo, 400 homens trabalham na operação que, em 2021, fez mais de 103 mil intervenções
Um mutirão do Governo do Distrito Federal (GDF) faz, nesta quinta-feira (10), trabalhos de podas em 70 lugares espalhados pelas 33 regiões administrativas do DF. As equipes, divididas em dez lotes, atuam em locais como Asa Sul, Asa Norte, Lago Sul, Lago Norte, São Sebastião, Setor de Oficinas Norte, Fercal, Águas Claras, Ceilândia e outras localidades.
Na manhã desta quinta, duas equipes de 20 homens do DPJ da Novacap estiveram em Ceilândia. Os trabalhos contemplaram na Avenida Oeste, entre os trechos das QNNs 17 e 23. A solicitação do serviço foi feita pela moradora de Ceilândia Norte Lioneide Araújo, que acompanhou de perto os serviços.
“As ‘saias’ das árvores estavam muito baixas, atrapalhando a iluminação pública, o que deixa alguns pontos da avenida bastante perigosos para os pedestres, sobretudo as mulheres, que têm que pegar ônibus às 5h”, conta Lioneide. “Sem falar que o lugar, estando escuro, propicia a criminalidade.”
Dona de uma loja de roupas e artigos de praia na QNN 23 de Ceilândia, Geisa das Flores, 27 anos, concorda com Lioneide. “Não é apenas por conta da segurança. As árvores estavam atrapalhando a visibilidade das pessoas, que não viam os comércios. Para nós, isso é muito ruim”, diz.
Parecer técnico
O trabalho da equipe de Parques e Jardins da Novacap envolve corte das árvores, limpeza, transporte e trituração dos detritos podados. Esse material pulverizado é enviado para os dois viveiros da empresa pública e usado como adubo.
O serviço de poda é executado atendendo tanto à demanda da comunidade quanto a pareceres técnicos feitos por engenheiros florestais que vistoriam, constantemente, as áreas públicas do DF.
“O morador não vai pedir poda das árvores do Eixo Monumental ou da EPTG, nem das praças das cidades”, observa o diretor do DPJ da Novacap. “Por isso, nossos técnicos estão sempre nas ruas fazendo a vistoria, verificando se tem áreas de riscos. É um trabalho permanente.”
Nem tudo o que a população pede, por uma questão de adequação ambiental, pode ser cumprido. Por isso, toda solicitação de um morador é analisada por um engenheiro técnico, que vai ao local para avaliar a necessidade de poda e verificar se existe mesmo área de risco. “Alguns não gostam de árvores e ficam incomodados com as folhas, outros preferem que elas cresçam no seu natural. Trabalhamos atendendo o levantamento técnico”, resume Raimundo Silva.