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14/03/2022 às 19:24
No ano passado, 140 escolas receberam ações da iniciativa, atingindo mais de 11 mil pessoas. Hoje, o DF conta com 804 profissionais habilitados no programa
No mês em que se celebra o Dia Internacional da Mulher, as pautas femininas integram os debates da rede pública de ensino do Distrito Federal com o programa Maria da Penha Vai à Escola (MPVE). A iniciativa promove a prevenção e o enfrentamento da violência contra a mulher, formando profissionais da educação e divulgando a temática entre os alunos.
Só no ano passado, 140 escolas das 14 coordenações regionais de ensino receberam o programa, atingindo um público de mais de 11 mil pessoas. As regiões de Ceilândia, Plano Piloto, Samambaia, Gama e Guará foram as mais atendidas no último ano. Atualmente, o DF conta com 804 profissionais da Secretaria de Educação habilitados para discutir a temática.
O programa funciona em dois formatos: para capacitação de profissionais da educação e para conscientização de estudantes e familiaresdireita
A Secretaria de Educação participa desde o projeto piloto, em 2014, juntamente com mais 14 órgãos parceiros, além do Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT), por meio do Núcleo Judiciário da Mulher, idealizador do programa.
“A inspiração veio da certeza de que a mudança das mentalidades, da cultura, do machismo estrutural, passa pela educação, pela sensibilização da nova geração para a equidade entre meninos e meninas, homens e mulheres”, afirma a juíza coordenadora do Núcleo Judiciário da Mulher do TJDFT, Gislaine Carneiro Campos Reis.
O programa funciona em dois formatos: para capacitação de profissionais da educação e para conscientização de estudantes e familiares. Orientadores educacionais, professores, coordenadores pedagógicos e demais profissionais que atuam nas escolas são capacitados com um minicurso, palestras e oficinas sobre a Lei Maria da Penha e assuntos como gênero e violência contra a mulher. O objetivo é preparar os educadores para que a temática seja incorporada às práticas pedagógicas.
Para os estudantes, o programa oferece palestras, oficinas, debates e atividades culturais e pedagógicasesquerda
“Esse é um projeto de formação de profissionais para estarem aptos para atender as meninas. Fazemos ações nas escolas, com sala de leitura, debate, produção de texto… São trabalhos bem exitosos. É uma referência na Secretaria de Educação do DF”, explica a subsecretária de Formação Continuada (Eape), Maria das Graças de Paula Machado.
Para os estudantes, o programa oferece palestras, oficinas, debates e atividades culturais e pedagógicas. “No tocante aos estudantes, a abordagem é de debate quanto ao tema da violência contra a mulher, suas raízes, os instrumentos de proteção por meio de intervenções de acordo com a idade, desenvolvimento, tudo para que haja de fato a construção de uma sociedade justa”, esclarece a juíza.
Ações
Além de ser desenvolvido no mês de março, o tema das mulheres ganha espaço no calendário das escolas públicas com destaque nos meses de maio, agosto e novembro, períodos que também têm ligação com a pauta das mulheres.
“Temos muitas ações, oficinas e lives direcionadas ao tema. Ensinamos para as meninas não aceitarem namoros abusivos e a identificarem violências. Todas as ações são desenvolvidas ao longo do ano”, explica a professora da Educação Básica da Gerência de Direitos Humanos, Marília Cardoso Pereira.