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19/03/2022 às 16:06, atualizado em 19/03/2022 às 19:47
No Dia do Artesão, a categoria ganha também reforma da Feira da Torre de TV
Criado mundialmente pelas Organizações das Nações Unidas (ONU), em homenagem a São José, santo cristão carpinteiro, pai de Jesus, o Dia do Artesão foi marcado pelo reconhecimento desses profissionais que, pela primeira vez, receberam a carteira de artesão. Com ela, eles podem trabalhar formalmente em feiras de artesanato e outros eventos afins.
O trabalho de artesão e manualista é um dos mais antigos da humanidade, data de pelo menos 6 mil anos antes de Cristo, ainda no período paleolítico. Atualmente existem no DF mais de 12,6 mil artesãos cadastrados no Sistema de Informação do Artesão Brasileiro (Sicab). Esse grupo é responsável por manter, financeiramente, cerca de 100 mil pessoas na região. Ainda de acordo com cálculos do Sicab, a categoria é responsável por injetar, anualmente, em torno de R$ 184 milhões de recursos na economia criativa local.
A história da feira de artesanato da Torre de TV se confunde com o surgimento do próprio monumento, inaugurado em 1967. Reza a lenda que o comércio no local teria sido incentivado pelo presidente Juscelino Kubitschek, que teria ficado encantado com a venda de artesanato parisiense embaixo da Torre Eiffel.
Cultura indígena
Para celebrar o Dia do Artesão, uma extensa programação cultural, com participação de vários artistas da cidade, se estenderá no espaço até a tarde deste domingo (20). Entre as atrações estão cantores de pagode e sertanejo, além de festejos juninos e dança indígena.
Este ano há uma novidade para os visitantes e os próprios comerciantes do local. Pela primeira vez as nações indígenas que trabalham na Feira da Torre ganharam uma oca para expor, com exclusividade, seus trabalhos ricos em técnicas ancestrais de tecelagem e traçados.
“Muito importante esse apoio dado pelo governo ao nosso trabalho, valorizando a arte de várias etnias do país nesse espaço”, comentou o artesão Gilberto da Cruz, da etnia Fulni-ô. “O trabalho indígena é muito rico, somos um povo que sabe fazer essa arte e tudo a mão, uma tradição passada de geração para geração”, disse.