22/03/2022 às 12:23, atualizado em 22/03/2022 às 12:25

Curso gratuito para a formação de mulheres líderes

Com inscrições abertas até 6 de abril, projeto Empodera tem o objetivo de capacitar as alunas para atuarem em suas comunidades

Por Agência Brasília* | Edição: Chico Neto

“A gente fala muito sobre o empoderamento e sobre mulheres exercerem posições de liderança, mas precisamos disponibilizar os caminhos necessários” – Ericka Filippelli, secretária da Mulheresquerda

Preparar 1,2 mil mulheres para atuarem como a voz de suas comunidades é um dos objetivos do curso Empodera – Formação de Mulheres Líderes, iniciativa da Secretaria da Mulher (SMDF). As inscrições podem ser feitas desta terça-feira (22) até 6 de abril.

As atividades serão conduzidas por representantes do Instituto Axiomas Brasil em seis regiões administrativas do DF. Para este primeiro semestre, as vagas serão distribuídas entre Ceilândia (250), Planaltina (250) e Estrutural (100). Já no segundo semestre, as regiões do Itapoã, Samambaia e Sobradinho II terão disponíveis, cada uma, 200 vagas.

“A gente fala muito sobre o empoderamento e sobre mulheres exercerem posições de liderança, mas precisamos disponibilizar os caminhos necessários”, explica a secretária da Mulher, Ericka Filippelli. “É isso que o Empodera vai oferecer. Vamos apresentar os instrumentos, as estratégias e a capacitação necessários para que elas possam ser articuladoras, mobilizadoras e atuar nas suas comunidades.”

O objetivo é contribuir para a redução da vulnerabilidade social, incentivando as mulheres ao enfrentamento e à atuação junto às instituições governamentais e não governamentais. As inscritas serão estimuladas a exercer a força da liderança e a garantir seus direitos, visando à formação de uma rede de promoção e de proteção de outras mulheres em suas comunidades.

Capacitadas, essas mulheres serão multiplicadoras de conhecimento, impactando não somente as próprias vidas, mas também as de seus pares. Elas estarão aptas a coletar informações, organizar serviços de escuta e apresentar projetos, entre outras habilidades, sendo articuladoras e mobilizadoras nas regiões em que vivem.

Fazem parte do curso ensinamentos sobre estrutura e organização do Governo do Distrito Federal (GDF) com base na lei orgânica, sobre feminismo e identidade de gênero, Lei Maria da Penha e os direitos das mulheres, sobre organização social e combate à violência, Rede Sistema Único de Assistência Social (Suas) e estrutura de documentações oficiais.

Participação

Com dois meses de duração, o curso se divide em turmas que terão 160 horas/aula, sendo 120 horas de aulas teóricas e 40 horas de atividades práticas. A qualificação será 70% presencial e 30% remota, com acompanhamento de equipe psicossocial.

As alunas receberão uma bolsa auxílio de R$ 165, além de material didático, crachá de identificação e uniforme. Ao fim do curso, haverá formatura e entrega dos certificados de participação.

Para participar, as interessadas devem ter a partir de 18 anos, ser responsáveis pelo sustento familiar, declarar renda familiar de até dois salários mínimos e ter disponibilidade de tempo para a formação.

A inscrição deve ser feita pelo formulário disponível no site do Instituto Axiomas. O resultado da seleção será divulgado em 8 de abril. Todas as contempladas receberão contato telefônico via SMS ou WhatsApp com a convocação para efetivar a matrícula.

Capacitação

Em 2021, a Secretaria da Mulher publicou um edital de chamamento público para selecionar e remunerar uma organização da sociedade civil (OSC) sem fins lucrativos e com experiência em execução de projetos sociais e de qualificação social a fim de desenvolver e executar os conteúdos programáticos de caráter teórico e prático, além de fazer o acompanhamento pedagógico e monitorar as alunas do projeto Empodera – Formação de Mulheres Líderes.

A organização selecionada foi o Instituto Axiomas Brasil, entidade que atende crianças, jovens e adultos, promovendo o desenvolvimento de projetos sociais, além de apoiar programas que melhoram a saúde e o bem-estar das comunidades.

*Com informações da Secretaria da Mulher