23/03/2022 às 20:05, atualizado em 23/03/2022 às 20:09

Emprego verde se consolida como alternativa no mercado do DF

O segmento cresceu 5,8% em meio às restrições da pandemia, somando 88 mil empregados

Por Agência Brasília* | Edição: Renata Lu

Quando o assunto é emprego, o Distrito Federal segue no rumo certo, conforme indica o mais novo estudo realizado pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), o Mapa do Emprego Verde no DF, divulgado na última terça-feira (22).

A faixa etária de maior participação no mercado formal verde é a de jovens entre 14 e 19 anos (18,6%) empregados como aprendizes, em função de escriturário, em segmentos de atividades associativasdireita

São consideradas do segmento emprego verde as ocupações que produzam bens ou prestem serviços que beneficiam o meio ambiente e não agridam os recursos naturais. E, ainda, aquele tipo de trabalho cujo processo de produção usa menos recursos naturais.

Em dez anos (entre 2009 a 2019), essa modalidade empregatícia teve um aumento de 5,8%, passando de aproximadamente 83 mil pessoas para 88 mil. O ensaio apresentado pela Codeplan buscou analisar a situação do mercado de trabalho ligado à economia verde e seu potencial crescimento na capital federal. Para isso, foi construído em quatro eixos: orientar que políticas públicas contribuam para a redução do desemprego, a qualidade de vida da população, do meio ambiente e o aumento da sustentabilidade econômica.

Durante a coleta dos dados, verificou-se que existe uma tendência entre os consumidores por mercadorias e serviços que configurem um consumo mais consciente, buscando produtos que menos impactam e promovam mais sustentabilidade. Essa demanda foi turbinada pela crise econômica e sanitária que fez com que a oferta de empregos nesse segmento, ou seja, nos setores ligados à economia verde, fosse uma oportunidade para alavancar a economia local.

No DF, os empregos verdes são de predominância masculina e de pessoas identificadas como pretas ou pardas, 62,7% e 63,7%, respectivamente. Quanto à escolaridade dos profissionais das classes verdes, 37% deles possuem nível superior completo ou pós-graduação, enquanto 41,6% têm ensino médio completo.

Quando falamos do rendimento médio desses trabalhadores, em 2019 os vínculos verdes somaram R$ 404 milhões. Entretanto, mensalmente, a renda era 14,8% menor – R$ 4.781 ao mês – que o valor médio registrado pela categoria de empregos não verdes (de R$ 5.612).

A faixa etária de maior participação no mercado formal verde é a de jovens entre 14 e 19 anos (18,6%) empregados como aprendizes, em função de escriturário, em segmentos de atividades associativas. Ao sair desse grupo, o emprego verde perde participação de adultos entre 19 e 59 anos (8%), mas ganha força entre os de 59 a 79 anos (9%) – vale mencionar que no último grupo destacam-se professores da educação superior.

A gerente de Estudos Ambientais da Codeplan, Kássia Castro, explica: “O projeto apresenta uma primeira perspectiva sobre os empregos verdes no Distrito Federal. Preenche uma lacuna de informações e fornece subsídios a políticas públicas que proporcionem um dinamismo econômico, aliado a um meio ambiente saudável e promovendo a preservação de seus recursos naturais”.

Saiba mais no site da Codeplan no canal da companhia no YouTube.