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25/04/2022 às 16:16, atualizado em 25/04/2022 às 17:23
Todas as unidades básicas de saúde têm salas fixas para este fim, mas o serviço é ampliado com tendas externas de acordo com a demanda
Todas as unidades básicas de saúde (UBSs) contam com salas de hidratação para atendimento dos pacientes diagnosticados com dengue. E, de acordo com a demanda, também são montadas tendas na área externa das UBSs. A estratégia contribui para reduzir a procura pelas emergências dos hospitais da rede pública.
Como os casos de dengue aumentaram neste ano, a procura por esse tipo de atendimento também subiu. Com as salas de hidratação e as tendas, o objetivo é que o paciente receba todo o suporte perto de casa, indo aos hospitais somente em casos mais graves.
Vale ressaltar que as tendas só são utilizadas se as salas de hidratação para dengue no interior das unidades não tiverem mais capacidade de atendimento. Na Região de Saúde Norte, das 36 UBSs, 26 possuem tendas. Na Região de Saúde Sul, das 20 UBSs, 14 contam com tendas. Na Região Central, uma tenda será montada na próxima semana. Já na Região de Saúde Sudoeste, são três unidades básicas de saúde com tendas destinadas para pacientes com dengue e, na Região Oeste, duas.
“Atendemos pacientes em todos os estágios da doença. Só encaminhamos para uma UPA ou hospital se eles estiverem muito graves”Soraia Jardim, da UBS 1 de Sobradinho Iesquerda
Os medicamentos e insumos necessários para utilização no tratamento de dengue ficam guardados na sala de medicação das UBSs, a fim de evitar qualquer tipo de exposição ou contaminação no ambiente externo.
“A tenda já está preparada. Porém, só levaremos os medicamentos e insumos necessários no caso de recebermos muitos pacientes, ou seja, quando não for possível atender na sala montada dentro da nossa unidade, que tem capacidade para até quatro usuários. Realizamos aqui a hidratação oral e venosa”, explica a gerente da UBS 1 de Sobradinho, Waldeglácia Lima.
A gestora diz que cada paciente com dengue fica em torno de duas horas recebendo hidratação venosa (soro na veia), dependendo do estado clínico. Por isso, é necessário ter outra opção caso aumente o fluxo de pacientes. No mês de março, a UBS 1 de Sobradinho atendeu 530 pacientes com dengue. De 1º a 20 de abril, foram 340.
“Atendemos pacientes em todos os estágios da doença. Só encaminhamos para uma UPA ou hospital se eles estiverem muito graves. A dengue é um problema de todos. A população precisa descartar seu lixo corretamente e não deixar acumular água para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti”, destaca a supervisora da UBS 1 de Sobradinho, Soraia Jardim.
Atendimento
A aposentada Lúcia Baldomir estava na UBS 1 de Sobradinho com a filha, a universitária Fernanda Baldomir. As duas foram diagnosticadas com a dengue na segunda-feira (18) e, desde então, são acompanhadas pela unidade de saúde. Lúcia está na fase final da doença e não precisa mais de hidratação venosa, mas a filha ainda necessita.
“Essa foi a primeira vez que peguei dengue. Estou sendo muito bem atendida aqui, foi muito rápido, a equipe é muito gentil, tomei cerca de 1 litro de soro assim que cheguei. Mas, como minhas plaquetas continuam baixas, tive que retornar para hidratar”, relata Fernanda.
De acordo com a mãe da estudante, as duas sempre tiveram o maior cuidado dentro de casa, não deixam acumular água parada de forma alguma. No entanto, ao lado da casa delas há um terreno baldio com mato alto, esgoto, lixo e resto de materiais de construção.
“Acredito que tenha mosquito da dengue no lote vizinho, pois lá tem água parada e tudo que pode servir como criadouro para o mosquito. Fazemos a nossa parte, já informamos a Vigilância Ambiental, que vai notificar os donos do imóvel para tomarem providência. Cada um tem que fazer a sua parte para evitar que o mosquito se prolifere”, adverte.
*Com informações da Secretaria de Saúde