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26/04/2022 às 16:38, atualizado em 27/04/2022 às 15:17
Demanda antiga da comunidade, a obra, com 2,5 quilômetros de extensão, vai contemplar 26 empreendimentos do Núcleo Rural Ponte Alta
O canal de irrigação que abastece produtores do Núcleo Rural Ponte Alta Norte, no Gama, está sendo tubulado. A obra vai beneficiar 26 empreendimentos do local e era uma demanda antiga da comunidade. Ao todo, são 2,5 quilômetros de tubulação em PVC e polietileno de alta densidade (Pead).
De acordo com o zootecnista Fabio Renato Rodrigues, do escritório da Emater-DF do Gama, a região tem produtores de hortaliças e frutas, além de dois empreendimentos pesque-pague, que geram 30 empregos. “Além da adequação ambiental, essa ação beneficia a economia da região”, explica. Segundo Fabio, a tubulação evita perdas por evaporação e infiltração no solo e também contaminações. A água é utilizada para irrigação das lavouras e consumo humano e animal.
O zootecnista esclarece que o canal, que existe desde a década de 1990, não possuía outorga da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal (Adasa-DF). “A agência notificou os usuários e nós orientamos sobre o procedimento”, acrescenta Fabio. Os empreendedores rurais da região tinham problemas de falta de água, principalmente no período da seca.
Segundo o assessor da Emater-DF Edvan Sousa Ribeiro, o canal, que nasce na área de proteção do Manancial Olhos D’Água, foi custeado com recursos de emenda parlamentar destinados pelo deputado distrital Daniel Donizeti. O investimento na obra é de R$ 150 mil. “A tubulação está sendo feita pela própria comunidade, com equipamentos e maquinário da Secretaria da Agricultura (Seagri) e projeto, orientação e acompanhamento da Emater-DF”, detalha. Por dia, são tubulados aproximadamente 70 metros.
Já o engenheiro-agrônomo José Voltaire Peixoto, da Diretoria de Mecanização Agrícola (Dema) da Secretaria de Agricultura, avalia que a obra tem dois aspectos positivos. “Para os produtores, garante água em volume e qualidade compatíveis com as necessidades da produção. Para o meio ambiente, elimina as perdas da condução, o que faz com que diminua o volume diário de água retirada do córrego fornecedor e impacte positivamente a situação ambiental da região”, considera.
*Com informações da Emater-DF