02/05/2022 às 10:42, atualizado em 02/05/2022 às 12:07

Hospital de Santa Maria oferece serviço de fisioterapia 24h a gestantes

Esse é o primeiro hospital público do DF a ofertar, no Centro Obstétrico, o serviço ininterrupto no atendimento a pacientes que chegam pela emergência 

Por Agência Brasília* I Edição: Débora Cronemberger

Referência em partos de alto risco, o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) deu início, neste domingo (1º), à oferta de fisioterapia 24 horas, diariamente, para as gestantes no Centro Obstétrico (CO). O atendimento funcionava de segunda a sábado, apenas no período diurno. Com a ampliação, a meta é fortalecer o cuidado com a mulher no pré-parto e pós-parto, estimulando o parto natural e humanizando o atendimento com aplicação de técnicas que trazem conforto.

Andressa Rejany da Silva Souza foi atendida com massagem e essência de lavanda para ajudar a relaxar. “Gostei muito, me senti muito bem tratada e recomendo para todo mundo”, disse

Rejany também se lembra do estímulo emocional que recebeu da profissional. “Ela me incentivou a ter forças e a não desanimar. Eu tinha que fazer muita força, e ela me ajudou. Eu me surpreendi muito, porque não imaginei ter um tratamento assim em um hospital público”, revelou a paciente, que recebeu alta no dia seguinte.

Paula Sandra dos Santos Oliveira, 39 anos, também contou com a ajuda das fisioterapeutas antes do nascimento do nono filho, em 21 de março. Davi dos Santos Oliveira nasceu com 43 cm, pesando 1,935 kg. “Eu estava sentindo muita dor antes do parto, mas, com a ajuda da fisioterapia, as dores aliviaram bastante. Elas me acalmaram e me relaxaram. Após os exercícios feitos com as fisioterapeutas, em uns 20 minutos o bebê já nasceu com parto normal. Foi muito bom o atendimento”, disse.

Antes oferecida de segunda a sábado, no período diurno, a fisioterapia no Centro Obstétrico do Hospital de Santa Maria passa a ser 24 horas, todos os dias

Segundo ela, hoje o projeto chamado Fisioterapia na Saúde da Mulher conta com um fluxo de acompanhamento que começa na admissão de pacientes no Centro Obstétrico, passa pela maternidade e segue após a alta hospitalar no ambulatório.

Há seis profissionais envolvidas atualmente, sendo três para o CO, que passará a ter sete com a nova contratação, duas para a maternidade de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, e uma no ambulatório com agendamentos para as mulheres que já receberam alta.

Geisielli da Silva Cruz, uma das primeiras fisioterapeutas a iniciarem o projeto, explica como funciona o serviço na maternidade: “Fazemos uma busca ativa para procurar as mães que mais precisam desse atendimento. Criamos um tratamento de forma individualizado de acordo com a necessidade, o que ajuda inclusive a diminuir o tempo de internação”.

“O HRSM é referência em alto risco gestacional, e todos os profissionais são especializados, então atuam oferecendo tratamento em casos como diabetes descompensada, eclâmpsia, partos prematuros, entre outras situações”, completou a fisioterapeuta Priscila Lana Farias, especializada em saúde da mulher e consultora em aleitamento materno.

Já a fisioterapeuta do ambulatório, Giovanna Cassaro, destacou que, após a gestação, a mulher pode ter diversas intercorrências, algumas delas causadas pelo peso da barriga, que gera pressão no assoalho pélvico. “Elas podem ter incontinência urinária, lacerações que podem gerar dor na relação sexual, e outras consequências do parto. A fisioterapia é muito importante para devolver a qualidade de vida dessas mulheres”, ressaltou.

O HRSM registrou, apenas em fevereiro de 2022, 319 partos, sendo 171 normais e 148 cesáreos. Na maternidade, as fisioterapeutas realizam, em média, 500 atendimentos por mês. No ambulatório, são aproximadamente 20 atendimentos.

*Com informações do Iges-DF