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14/05/2022 às 18:05, atualizado em 14/05/2022 às 18:15
Na etapa atual, equipes fazem concretagem, drenagem e terraplenagem das vias; estruturas tiveram investimento de R$ 9,1 milhões e geraram 150 empregos
As obras dos dois viadutos da Estrada Setor Policial Militar (ESPM), no fim da Asa Sul, atingiram 80% de execução em abril. As equipes estão trabalhando para entregar a construção no segundo semestre deste ano, conforme previsão da Secretaria de Obras e Infraestrutura.
No projeto, os viadutos são identificados como 62 e 63. O 62 ficará na alça de acesso da ESPM ao Eixo W, conhecido como “eixinho de cima”, com 8 m de altura, 33 m de comprimento e 19 m de largura. Já o outro viaduto, nomeado 63, localizado na alça de acesso ao Eixo Rodoviário Leste (ERL), sentido L4, também terá 8 m de altura, 29 m de comprimento e 15 m de largura. Cada um deles terá duas faixas de rolamento.
Atualmente, no viaduto 63, ocorre o fechamento das formas e preparação para concretagem das vigas, enquanto o viaduto 62 já chegou à fase da concretagem dos guarda-rodas (barreiras modulares de concreto usadas para separar faixas de tráfego). O engenheiro da construção, Gabriel Cardoso, explica a ordem dos serviços para a conclusão da obra:
“No 63, depois da concretagem das vigas, vem a concretagem dos guarda-rodas, que é a fase atual do 62. Posteriormente, vamos fazer a concretagem das lajes de transição dos viadutos, terraplanagem para implantação do pavimento rígido e pavimentação das vias. Quando chegarem a essa parte, as obras já estarão praticamente prontas para o trânsito”.
As obras mobilizaram R$ 9,1 milhões de investimento. O objetivo é aumentar a mobilidade urbana do Distrito Federal e integrar o Corredor Eixo Oeste, que interliga o Sol Nascente ao Plano Piloto. Foram gerados cerca de 150 empregos diretos e indiretos.
Um dos contratados foi o maranhense Elis Antônio, 29 anos, que veio ao DF para trabalhar como carpinteiro, em dezembro do ano passado. Ele estava desempregado e foi convidado a fazer parte da equipe. “Aqui, faço tudo relacionado a carpintaria e ajudo no que mais precisar”, conta. “É muito trabalho, mas acho que os viadutos vão ficar muito bons”.
José Antonio Irmão, 61 anos, nasceu em Recife (PE) e também chegou à capital federal exclusivamente para trabalhar nas obras da ESPM. Chefe da equipe de ferragens, composta por ele e mais oito pessoas, José acumula 28 anos de experiência por todo o Brasil. Já passou por São Paulo, Minas Gerais, Sergipe e Bahia. Para ele, os viadutos do DF vão melhorar o tráfego local: “Todos os dias, no final da tarde, tem engarrafamento por aqui. É um trânsito bem pesado, em todos os sentidos, e os viadutos vão ajudar a diminuir isso”.
Recuperação da via
Além da construção dos dois viadutos, a Secretaria de Obras e Infraestrutura encomendou a recuperação da ESPM. O contrato, no valor de R$ 47,9 milhões, prevê a execução de pavimentação, drenagem, sinalização, paisagismo, calçadas, ciclovias e bacia de detenção. A obra deve chegar à etapa final no primeiro semestre de 2023.