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19/05/2022 às 15:34
O evento MundoGeo apresentou tecnologias e inovações, com ações possíveis para o desenvolvimento urbano sustentável
A equipe do CITinova, projeto de sustentabilidade nas cidades executado pela Secretaria do Meio Ambiente (Sema) no Distrito Federal, apresentou nesta quarta-feira, durante o MundoGeo, em São Paulo (SP), ações inovadoras em planejamento urbano integrado, tecnologia e inovação e disseminação de conhecimento. O evento segue até sábado (21).
Em seguida, a subsecretária de Gestão Territorial e Ambiental da Sema, Maria Silvia Rossi, falou sobre a importância e o alcance do Sisdia. Segundo ela, 32 países e 282 municípios brasileiros já consultaram a plataforma. “Temos recursos básicos a avançados para usuários de diferentes segmentos, porém, 90% do acesso é de profissionais do planejamento urbano e de universidades”, pontuou.
O Sisdia oferece informações para tornar os empreendimentos ambientalmente corretos. “Os empreendedores comprometidos merecem ser recompensados. Estamos estudando a criação de um selo que certifique esses empreendimentos urbanos sustentáveis e facilite o acesso ao crédito junto às instituições financeiras”, disse Maria Silvia.
Um espectador do público online perguntou sobre a participação de cidadãos no Sisdia, e a subsecretária indicou o cadastro pelo botão Engajamento Cidadão. “Trabalhamos com a transparência, então a participação social é muito importante”, lembrou ela.
Referência para a gestão pública
A professora Clarissa Stefani, do Departamento de Engenharia do Conhecimento da Universidade Federal de Santa Catarina, reconheceu a relevância do Sisdia: “O sistema apresenta instrumentos para balizar tomadas de decisão pelas prefeituras”.
No segundo painel, a assessora especial da Subsecretaria de Gestão das Águas e Resíduos Sólidos da Sema, Elisa Meirelles, expôs os resultados do projeto de mapeamento e recuperação de áreas degradadas em APPs e recarga hídrica nas bacias do Paranoá e Descoberto.
No DF, o CITinova recuperou 80 hectares com espécies nativas de árvores do bioma cerrado, nas bacias do Descoberto e do Paranoá, e implantou 20 hectares de sistemas agroflorestais mecanizados (SAFs) em 37 propriedades rurais. “A capacitação dos produtores rurais é muito importante, pois eles que estão lá no dia a dia”, afirmou Elisa Meirelles.
O secretário de Meio Ambiente do Recife, Carlos Ribeiro, disse que todas as cidades no Brasil têm a necessidade de recuperar nascentes em APPs. “Podemos usar o exemplo do DF para replicar. Me autoconvido pra visitar o projeto e conhecer de perto essa experiência que pode ser continuada em qualquer gestão”, disse ele.
O Painel 3 teve apresentação do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), com o Observatório de Inovação para Cidades Sustentáveis (Oics). O Programa Cidades Sustentáveis (PCS) mostrou a Plataforma Cidades Sustentáveis, que, em julho, lançará o índice de sustentabilidade de todas as mais de 5 mil cidades brasileiras. “Queremos mostrar que podemos avançar em modelos de desenvolvimento menos agressivos”, afirmou o coordenador geral do PCS e do Instituto Cidades, Jorge Abrahão.
*Com informações da Secretaria do Meio Ambiente do DF