15/06/2022 às 07:06, atualizado em 15/06/2022 às 14:49

Terra retirada em obras é aproveitada em outras construções no DF

Além de ambientalmente correta, prática gera economia aos cofres públicos

Por Rafael Secunho, da Agência Brasília | Edição: Carolina Lobo

Toneladas e mais toneladas de terra retiradas das obras do Distrito Federal têm atualmente uma destinação adequada. O montante escavado em obras grandiosas como o Túnel de Taguatinga e o Viaduto da Epig, na entrada do Sudoeste, é aproveitado em outras construções. É uma prática ambientalmente correta, ao evitar jogar montanhas de terra na natureza, e que gera economia aos cofres públicos.

“Nosso objetivo é usar a maior sustentabilidade possível em nossas construções, além de eficiência orçamentária. Não se produz solo, é preciso comprar em jazidas, minerar esse solo”Aldo Fernandes, subsecretário de Acompanhamento Ambiental da Secretaria de Obrasdireita

A quantidade é bastante alta, mas órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF) têm hoje mapeados pontos de armazenamento do solo escavado para que esse material passe longe do desperdício. Ele pode ser reaproveitado na própria obra da qual foi retirado ou usado na construção de rodovias, na terraplanagem, para dar sustentação a alças de viadutos, entre outras destinações. A Secretaria de Obras criou uma ferramenta online, o Sistema de Gestão de Solo de Escavação (SGSE), para gerenciar esse processo.

No Setor Policial Militar, já foram retiradas 150 mil toneladas de terra | Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília

De acordo com ele, o insumo é muito usado para fazer a base e a sub-base da pavimentação de estradas, em aterros nas construções e na compactação dos paredões que sustentam viadutos. “O DER hoje transporta a terra de uma obra nossa para outra, mas o material também está disponível para outros órgãos. Temos a Novacap, que precisa muito, e as administrações regionais, caso precisem”, pontua Plínio.

“Há uma preocupação com a degradação de áreas verdes e, também, é uma forma de diminuir o descarte na Unidade de Recebimento de Entulho [URE]”, explica o engenheiro, ao se referir ao equipamento gerido pelo Serviço de Limpeza Urbana (SLU) e que também recebe a terra. Trata-se de uma gestão feita em parceria pelos executores de obras no DF e que viabiliza o uso sustentável de um elemento natural, indispensável nas construções.

Terra retirada em obras é aproveitada em outras construções no DF