03/07/2022 às 15:02

Programação enoturística no coração de Brasília

Com assistência técnica da Emater-DF, propriedade familiar agregou turismo à vitivinicultura para gerar sustentabilidade

Por Agência Brasília* | Edição: Saulo Moreno

Recorrendo ao auxílio da Emater-DF, o produtor rural Marcos Henrique sempre conversa com os técnicos da empresa para tirar dúvidas: “Tem muita tecnologia e um universo do qual não detenho todas as informações”

Com auxílio dos técnicos da empresa, Marcos Henrique tirou o registro de produtor rural há pouco mais de um mês. Para ele, ter a Emater-DF por perto dá uma sensação de porto seguro. “Tem muita tecnologia e um universo do qual não detenho todas as informações. Assim, venho recorrendo ao auxílio da Emater-DF desde abril, quando assumi as uvas. Se uma eventualidade acontecer, tenho a quem recorrer. Tiro as dúvidas e, quando acontece alguma coisa, o diálogo com o técnico que me assiste é fácil e dinâmico”, informou.

O agrônomo da Emater-DF que presta assistência técnica à propriedade, João Ricardo Ramos Soares, entende que é papel do extensionista rural estar atento às demandas e necessidades dos produtores.

“O perfil produtivo desta região é diferente de outras áreas rurais do DF e tem sido um desafio. Tem cultivo de cogumelo, agroindústria, tem produtores de uva, como o da família Gregório. Além disso, existe a possibilidade de agregar outras atividades à produção e uma capacidade de resposta rápida dos produtores às nossas orientações”, afirmou o agrônomo.

“Existe a possibilidade de agregar outras atividades à produção e uma capacidade de resposta rápida dos produtores às nossas orientações. Tudo isso qualifica ainda mais nosso trabalho junto a esse público, pois não ficamos só na produção, mas abrimos o leque de sustentabilidade do empreendimento rural para o turismo, atividades de degustação, entre outras”João Ricardo, agrônomoesquerda

“Tudo isso qualifica ainda mais nosso trabalho junto a esse público, pois não ficamos só na produção, mas abrimos o leque de sustentabilidade do empreendimento rural para o turismo, atividades de degustação, entre outras”, acrescenta João Ricardo

Inicialmente, o auxílio do escritório da Emater-DF no Paranoá ao vitivinicultor se deu com a documentação do produtor rural. Ao mesmo tempo, tem sido feito um acompanhamento em cima da nutrição das videiras.

“Outro auxílio que estou buscando junto à Emater-DF é a obtenção de crédito rural, preciso aprender o caminho das pedras. No momento, é a minha paixão e é necessário viabilizar o projeto com alternativas. Tem sido uma aventura prazerosa”, contou Marcos Henrique.

Vinhedo Lacustre

A 15 km da Rodoviária do Plano Piloto, o Vinhedo Lacustre tem um hectare de parreiras espalhados pelo terreno íngreme com a vista de frente para o Lago Paranoá, exatamente onde o sol se põe no período de inverno. Valendo-se do espetáculo visual, o produtor rural e proprietário do empreendimento, Marcos Henrique, juntamente com o enólogo Carlos Sanábria, montaram uma programação enoturística para todos os gostos e investimentos.

Desde piquenique embaixo das parreiras, passando por degustação e visitação às parreiras, jantar harmonizado, até a possibilidade de colher a uva e fazer o próprio vinho estão entre as opções ofertadas ao público.

Quem optar pelo piquenique, ganha uma cesta recheada com espumante, pães e frios. Na degustação, são oferecidos cinco rótulos e um espumante, sendo alguns deles da casa. Para participar de qualquer uma das opções, é necessário agendar com antecedência.

Em setembro, há a previsão de lançamento dos primeiros rótulos produzidos na casa. Segundo o proprietário, a temporada até setembro será um divisor de águas, quando vai decidir que caminho seguir.

*Com informações da Emater-DF