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04/07/2022 às 20:26
Da notificação do caso até o tratamento da doença, as equipes da Secretaria de Saúde desempenham uma função importante para o controle viral
Toda a rede de saúde do Distrito Federal está em alerta com a monkeypox, também conhecida como varíola dos macacos. O primeiro caso da doença foi confirmado no DF no sábado (2). Para chegar a esse diagnóstico, vários servidores foram envolvidos, desde a notificação dos casos possíveis ao envio para o sequenciamento genético e o tratamento.
Um dos objetivos principais da investigação é identificar a provável fonte de infecção e a detecção de novos casos. Para isso, também é necessário levantar informações sobre viagens, exposições e contatos que o paciente apresentou no período provável de exposição ao vírus. Esse intervalo é de até 21 dias antes do início dos sinais e sintomas, considerando o período de incubação da doença.
A investigação epidemiológica vai ser feita pelas equipes de saúde da família com supervisão dos Núcleos de Vigilância Epidemiológica e Imunização (NVEPI) das regiões, segundo o local de residência do caso suspeito.
“A partir de uma relação próxima da Vigilância Epidemiológica, a Atenção Primária consegue atuar o mais precoce possível”, acrescenta o coordenador de Atenção Primária à Saúde, Fernando Erick Damasceno. O DF conta com 611 equipes de saúde da família, sendo 6.992 profissionais lotados em 675 unidades básicas de saúde (UBS).
Atendimentos
O diretor de Vigilância Epidemiológica, Fabiano dos Anjos, ressalta que os pacientes suspeitos são orientados a manter o isolamento domiciliar até a resolução completa das lesões. Caso haja piora do quadro geral, devem procurar atendimento após contato prévio com sua unidade de saúde de referência.
Os pacientes suspeitos são orientados a manter o isolamento domiciliar até a resolução completa das lesões. Caso haja piora do quadro geral, devem procurar atendimento após contato prévio com sua unidade de saúde de referênciaesquerda
“Pode ser UPA ou UBS, o importante é evitar se deslocar muito para não correr o risco de disseminar a doença”, afirma Martins. Ele também destaca que, até o momento, o DF não tem casos de transmissão comunitária da doença.
Segundo o diretor, estando em bom estado geral, sem indicação de internação hospitalar, o paciente deverá aguardar o resultado do exame em isolamento domiciliar. As amostras colhidas pela epidemiologia são encaminhadas ao Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen).
A confirmação diagnóstica se dá por testes moleculares (RT-PCR – como os de covid-19), que detectam sequências específicas do vírus em amostras do paciente. “Como nosso Lacen não tem o sequenciamento genético, esse exame é encaminhado ao Ministério da Saúde, que envia as amostras para exames no Rio de Janeiro”, explica Martins.
Quanto aos cuidados com o paciente, ele esclarece que a orientação clínica é voltada ao alívio dos sintomas, gerenciamento de possíveis complicações e prevenção de sequelas a longo prazo. Os pacientes devem receber hidratação e alimentos para manter o estado nutricional adequado.
“Temos os EPIs necessários e plena capacidade de receber e conduzir os casos identificados e suspeitos de varíola dos macacos”Nestor Miranda Júnior, diretor de Atenção à Saúde do Iges-DFdireita
UPAS
Além das unidades de atenção básica (UBSs), as unidades de pronto atendimento (UPAs) estão prontas para receber pacientes com suspeita de monkeypox. A rede está uniformizada quanto ao alerta para novos casos.
“A Nota Técnica da Secretaria de Saúde é muito completa, já foi distribuída e encontra-se em prática nas emergências das unidades”, explica o diretor de Atenção à Saúde do Iges-DF, Nestor Miranda Júnior.
Segundo ele, as UPAs 24 horas e os hospitais de Base de Brasília e Regional de Santa Maria estão prontos. “Temos os EPIs necessários e plena capacidade de receber e conduzir os casos identificados e suspeitos de varíola dos macacos”, destaca.
*Com informações da Secretaria de Saúde do DF