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25/05/2016 às 13:46, atualizado em 25/05/2016 às 16:50
Conclusão do Eixo Sul e expansão do sistema fazem parte do programa executivo Circula Brasília
Com seis das dez estações existentes em operação, o Expresso Sul entrará em funcionamento pleno e ganhará mais três estações. Além disso, o sistema que prioriza corredores exclusivos passará a beneficiar os moradores de mais 13 regiões administrativas de Brasília (veja mapa) e de cidades vizinhas, com a construção de seis novos eixos: Expressos Aeroporto, Norte, Noroeste, Leste, Oeste e Sudoeste. A expansão completa do serviço faz parte do Circula Brasília — Programa de Mobilidade Urbana do Distrito Federal, lançado pelo governador Rodrigo Rollemberg nessa terça-feira (24) no Memorial Juscelino Kubitschek. Todos os eixos estarão contratados ou prontos até 2019.
“Criaremos uma rede integrada entre os eixos, que desconcentrará muito a ligação com o Plano Piloto. Você estará no Recanto das Emas e irá para Planaltina sem passar pelo Plano Piloto, por exemplo”, explica o secretário-adjunto de Mobilidade, da Secretaria de Mobilidade, Fábio Damasceno.
Para que a expansão seja possível, o Expresso Sul terá parte do projeto atualizado. Entre as ações previstas ainda neste ano estão as contratações das obras de novos trechos e do projeto da Estação Rodoferroviária. Para que se integre o Expresso Sul com o Expresso Norte, com ônibus e metrô, será aprimorado o Terminal de Integração Multimodal Asa Sul e construído o Terminal de Integração Multimodal Asa Norte.
Com exceção dos Expressos Sul, Norte e Oeste, as obras serão feitas por meio de parcerias público-privadas (PPPs). O empresariado também ficará responsável pela operação e manutenção de todos os corredores. No caso do Expresso Leste, o acordo com a iniciativa privada abarcará a construção da quinta ponte e de viaduto na barragem do Paranoá.
Os novos eixos envolverão ações de curto e médio prazos. Entre elas estão a construção do Túnel Rodoviário de Taguatinga, que conectará a Estrada Parque Taguatinga (EPTG) à Avenida Elmo Serejo e servirá como alternativa para quem precisa atravessar o centro da região administrativa. No projeto foi adicionado o corredor exclusivo para o Expresso Oeste. A obra do túnel está prevista para começar no segundo semestre deste ano.
Com recursos de R$ 671 milhões já captados por meio do Programa de Aceleração do Crescimento, do governo federal, o Expresso Oeste envolve ainda a adequação da EPTG, da Estrada Parque Indústrias Gráficas (EPIG) e da Estrada Parque Polícia Militar (ESPM) para receber o corredor, que irá de Ceilândia até a Rodoviária do Plano Piloto. A data da abertura do processo de licitação ainda não foi definida.
O Expresso Noroeste sairá de Taguatinga e se encontrará com o Oeste, no Riacho Fundo, e o Sul, no Plano Piloto. O Sudoeste sairá do Recanto das Emas, passará pelos Riachos Fundos I e II e se encontrará com o Eixo Sul no fim da Asa Sul. O Leste sairá do Jardim Botânico em direção à Rodoviária do Plano Piloto e ao Expresso Norte, na BR-020, sentido Sobradinho.
Os moradores do lado norte de Brasília contarão com o corredor saindo de Planaltina, passando por Sobradinho e encontrando o Expresso Sul no Terminal de Integração Multimodal Asa Norte. Por fim, os usuários do transporte público terão um corredor do Aeroporto Internacional Brasília Juscelino Kubitschek até o corredor Sul no Terminal de Integração Multimodal Asa Sul.
Programa que engloba todas as ações do Executivo de curto, médio e longo prazos para melhorar a mobilidade na capital do País, o Circula Brasília prioriza investimentos no transporte coletivo (que hoje corresponde a 32% do total de viagens) e no não motorizado (23% atualmente), como bicicletas. Isso se dará, entre outras medidas, na integração entre os meios de locomoção, na requalificação urbana — construção de calçadas e ciclovias —, no aprimoramento da prestação dos serviços, na implementação de novas tecnologias e na valorização da acessibilidade.
O programa, coordenado pela Secretaria de Mobilidade, tem três focos principais: melhorias no sistema de transporte coletivo, ampliação da infraestrutura e investimento na mobilidade ativa — ambientes seguros para o deslocamento a pé e por bicicleta. Com investimento previsto de R$ 6 bilhões, o Circula Brasília é um conjunto de 80 ações — de gestão, projetos e obras — em, no mínimo, uma década.
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Edição: Marina Mercante