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28/05/2016 às 16:05, atualizado em 29/05/2016 às 20:52
Atividade comemora 30 anos da organização não governamental. Pessoas cadastradas pela entidade tiveram entrada gratuita neste sábado (28)
Atualizado em 29 de maio de 2016, às 20h50
Ao contrário do informado na versão anterior, o leão visto pelos visitantes foi o Dudu, e não o Dengo.
A Fundação Jardim Zoológico de Brasília recebeu neste sábado (28) a visita de 137 pessoas — 79 crianças e 58 adultos — atendidas pela Associação Brasileira de Assistência às Famílias de Crianças Portadoras de Câncer e Hemopatias (Abrace). A organização não governamental oferece acolhimento, orientação e atendimento psicossocial a crianças com câncer. O evento é parte da programação de aniversário da Abrace, que completou 30 anos em 1º de maio. O passeio e o piquenique foram momentos de distração para os assistidos e serviram para integrar as famílias que convivem com os tratamentos da doença.
Para a visita, o zoológico isentou os participantes cadastrados pela Abrace do pagamento da entrada. Além disso, a fundação cedeu o espaço ao lado da Superintendência de Esporte e Lazer para a montagem do piquenique.
A visita começou por volta das 9h30, pelo Setor África. Lá, as crianças e os familiares puderam conhecer a nova casa dos babuínos, que agora são vizinhos dos grandes felinos. A transferência ocorreu em 20 de maio porque os primatas, antes abrigados na Ilha dos Macacos, aprenderam a nadar e havia o risco de fugirem. O novo recinto tem toda a estrutura para os animais se exercitarem e é envidraçado, para que as brincadeiras deles não se percam aos olhos das pessoas.
Próximo aos babuínos ficam os recintos dos tigres de bengala e do leão Dudu. Este, famoso pelo carinho que dedica aos tratadores, estava sonolento. Os convidados da Abrace aprenderam que o felino tem hábito noturno e que as primeiras horas do dia são de preguiça total. Apesar disso, ele chamou bastante a atenção das crianças. O passeio seguiu pelo recinto das onças-pintadas, do rinoceronte, da girafa e dos elefantes. A visita se encerrou com um piquenique.
Phelipe Cristian Souza Diniz, de 9 anos, percorreu os recintos dos animais com muita animação. O passeio foi um presente para quem vive uma rotina de batalha. “Foi muito bom. Gostei mais daquela onça branca [o puma]”, contou. Há três anos, o garoto passou por uma cirurgia para retirada de um um tumor craniano que atinge o sistema nervoso central. O tratamento também incluiu um ano e meio de sessões de quimioterapia. Há pouco mais de um ano, o garoto faz acompanhamento semanal para evitar a reincidência da doença.
O passeio é uma forma de mães e pais se apoiarem em um momento de vida tão delicado, destaca o diretor de eventos da Abrace, Leonardo Eustáquio. “Quando as famílias estão unidas, elas conversam, trocam experiências, entendem que o outro sofre algo parecido. Elas conseguem perceber que o problema é difícil, é grave, mas que há saída”, afirmou.
Essa percepção dá força para seguir em frente, de acordo com Leia de Souza Farias, de 29 anos, mãe de Phelipe. “Só quem passa por isso é que sabe. Sair assim é bom para as crianças, mas também para a gente”, conta. A cabeleireira explica que se dedica integralmente ao tratamento médico do filho. “A gente para tudo para cuidar deles. É muito intenso.”
Edição: Paula Oliveira
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