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Na lista abaixo são listadas todas as Administrações Regionais que compõe o Distrito Federal, para acessá-los clique na lista ou pesquise.
11/10/2022 às 07:08, atualizado em 11/10/2022 às 13:49
As 38 feiras permanentes do Distrito Federal são paraísos dos mais diversos produtos. Esses espaços cativos da cidade, que acolhem mais de 17 mil feirantes, brindam a clientela com atrativos culinários de dar água na boca, além de moda e artesanato
Uma viagem sensorial repleta de surpresas gastronômicas e culturais. É o que reserva cada uma das 38 feiras permanentes do Distrito Federal aos milhares de usuários desses espaços que preservam tradições, cultivam experiências afetivas e eternizam identidades regionais. Economicamente relevantes para produtores locais e para as regiões administrativas, efervescentes locais de encontro e de comércio que acolhem mais de 17 mil feirantes, elas também surgem como magnéticos pontos turísticos. O Governo do Distrito Federal (GDF) já investiu mais de R$ 30 milhões, desde 2019, para reformar esses espaços.
Entre as mais tradicionais do quadradinho estão a do Gama, Guará, Núcleo Bandeirante, Cruzeiro e Ceilândia, com quase 500 bancas. “As feiras são as praias do brasiliense, é onde o povo se diverte no final de semana”, gosta de dizer o governador Ibaneis Rocha, grande entusiasta desses espaços. “Elas representam a cultura brasiliense, a gastronomia, a moda, o artesanato, gerando emprego e renda. Enfim, fazem parte do cotidiano dos brasilienses”, elenca o secretário-executivo de Turismo do DF, Gustavo Assis, lembrando a criação de passeios turísticos que contemplam esses ambientes, como a rota Fora dos Eixos.
Reformas e dignidade
De acordo com o diretor da Subsecretaria de Mobiliário Urbano da Secretaria de Governo, Renan Muniz Gonçalves, a reforma das feiras do DF é um trabalho realizado em conjunto pela Novacap, secretarias das Cidades e de Governo, administrações locais e associações dos feirantes.
Entre os trabalhos de manutenção, recuperação e melhorias de 14 desses espaços estão a reforma dos banheiros, padronização das pinturas das bancas e das fachadas, reparos nas instalações hidráulicas e elétricas. Depois de entregar para a população e feirantes as feiras do Gama, Riacho Fundo, Riacho Fundo II, Candangolândia, Taguatinga e Sobradinho reformadas, devem ser devolvidas ainda este ano as de Sobradinho II, Ceilândia e Samambaia.
“Quando a gente fala em feira, até por uma concepção histórica, pensa que é um lugar bagunçado e desorganizado, mas não. Nós trabalhamos para reformar esses espaços para dar dignidade, melhores condições de trabalho, além de estímulo para os feirantes e usuários”, pondera Renan Muniz. “Nossa preocupação era com quem trabalha nas feiras e também com os clientes”, finaliza.
“A procura tanto pelo mocotó quanto pela dobradinha disparou muito porque são comidas ricas em uma proteína chamada colágeno”, explica Francinaldo Pinho, 48 anos, proprietário de outra banca na mesma feira bastante procurada pela clientela. “Ela vai direto para a pele, para os ossos, o cabelo, importante para fortalecê-los. Vem muito idoso aqui pegar porção de mocotó por causa disso”, conta ele.
Morador de Águas Claras, o servidor público e músico carioca Paulo Thirso, 41 anos, gosta de fazer turismo pelas feiras do DF. Ele tem um carinho especial pela da Ceilândia. “Porque é um lugar barato e justo, aqui a comida não é cara e com um nível de qualidade muito grande”, avalia. “Fora isso, gosto do ambiente, do cheiro, de conversar com a galera, e a feira de Ceilândia oferece tudo isso.”
Temperos e ervas
Inaugurada oficialmente em 1984, a Feira Central de Ceilândia, que chega a receber uma média de 11 mil pessoas só no fim de semana, nasceu da fusão de três espaços similares que existiam espalhados pela cidade. A ideia de centralizar o acesso ao local no coração da região administrativa, próximo à mítica caixa d’água, nasceu dos próprios feirantes, que vendiam em bancas rudimentares, mas já com produtos variados como carnes, peixes, queijos, verduras, frutas, artigos de moda, bolsas, sapatos, entre outros atrativos.
Moradora de Vicente Pires há mais de uma década, Valdirene Ribeiro, 55 anos, confessa que tem uma queda por feiras. Ama o cheiro, a movimentação, o barulho e, claro, os produtos. “Morava em Ceilândia e quando mudei para cá fiquei preocupada, porque a feira de lá é fantástica”, confessa.
“Mas a de Vicente Pires, apesar de menor, consegue atender a população. Os produtos são excelentes e a variedade também. Passo aqui toda semana; no domingo, então, é sagrado”, admite Valdirene.