04/10/2022 às 16:45, atualizado em 09/10/2022 às 12:14

Escola Parque no Núcleo Bandeirante atende 2 mil alunos de cinco regiões

Após construção com aporte de R$ 4,9 milhões, unidade de ensino oferece esportes, arte e aulas ambientais a crianças e adolescentes de 9 a 13 anos

Por Catarina Loiola, da Agência Brasília I Edição: Débora Cronemberger

Diariamente, são realizadas quatro oficinas por turma voltadas à arte, ao meio ambiente e a esportes. Há aulas de natação, parkour, skate, futebol, badminton, atletismo, ginástica rítmica, teatro, desenho, semear e colher, além de lutas variadasdireita

Brasília, 11 de setembro de 2022 – Mais de 2 mil estudantes do Núcleo Bandeirante, Candangolândia, Park Way, Riacho Fundo e Riacho Fundo II são atendidos na Escola Parque da Natureza e Esporte, inaugurada em março deste ano. A unidade, no Núcleo Bandeirante, oferece uma oportunidade completa de aprendizado extracurricular para crianças e adolescentes de 9 a 13 anos no contraturno do ensino regular. Futuramente, o total de estudantes abrigados pode chegar a 5 mil.

O local foi inaugurado em março deste ano após reforma avaliada em R$ 4,9 milhões, contemplando melhorias estruturais nos prédios administrativos, quadras poliesportivas, piscinas, vestiários, pista para prática de skate e campos. O espaço funcionava como o antigo Parque Recreativo Núcleo Bandeirante e foi cedido para o projeto por meio de uma parceria entre a administração local e a Secretaria de Educação do DF.

“É muito bom. Diverte a criança, queima um pouco da energia e dá para conciliar bem com o restante das coisas”, diz Gleidiane Cardoso, mãe de Yasmin e Cibele

As oficinas promovidas pela escola ajudam a dona de casa Dyule Suse Primo, 32 anos, a cuidar do bem-estar das duas filhas. Isso porque tanto Ana Júlia, 10 anos, quanto Maria Clara, 8, foram diagnosticadas no primeiro semestre do ano com problemas de saúde. A primeira estava com alteração na tireoide e a segunda, com colesterol alto.

Na oficina Semear e Colher, as crianças aprendem sobre o preparo do solo, o plantio de sementes e o momento correto para fazer a colheita do alimento

“Vou alguns dias para o escritório e em outros fico em casa. Aí, no horário de almoço, busco as duas na escola e trago a Cibele pra cá. É muito bom. Diverte a criança, queima um pouco da energia e dá para conciliar bem com o restante das coisas”, afirma. Para Cibele, a melhor parte da permanência na unidade de ensino é a natação. “Queria ter todo o dia a parte aquática. As outras partes eu gosto, mas não são tão legais”, brinca ela, que já revelou para a mãe a vontade de seguir carreira profissional.

Atualmente, há oito escolas parque distribuídas no Distrito Federal. A matrícula é aberta conforme o número de vagas disponibilizadas pela regional de ensino responsável pela unidadeesquerda

A aula preferida de Cibele é comandada pela professora Raquel Guimarães, que acumula mais de dez anos de experiência na área. A docente atende, em média, a 28 alunos por turma e busca ensinar os fundamentos básicos da natação para a criançada, sem deixar de lado a diversão.

“Eles aprendem a flutuar e se deslocar dentro da água. E se amarram em vir pra piscina nesse calor seco de Brasília. Muitos não têm condição de fazer natação por fora, porque costuma ser um esporte mais caro e aqui têm a oportunidade”, pontua Raquel.

Outra oficina que se destaca é a de Semear e Colher, ministrada pela professora Iranildes dos Santos. Segundo ela, é muito mais do que jardinagem. “As crianças aprendem desde o preparo do solo e das sementes a como identificar o momento correto para colher o alimento. Se eles comem um mamão, por exemplo, já sabem que precisam tirar as sementes, limpar, colocar pra deixar secar, pra depois plantarem em casa”, comenta a professora.

A horta é variada e serve como complemento para o cardápio da escola. Ela tem couve, cenoura, abóbora, melancia, erva-cidreira, manjericão, mandioca, rabanete, melão, alface, entre outros itens. “Eles entenderam como é trabalhosa a produção de alimentos e começaram a valorizar mais. Teve uma vez que falei: ‘Hoje vamos plantar cenoura’ – e aí falaram ‘ai, professora, que bom, porque tá muito cara’”, lembra a docente.

Atualmente, há oito escolas parque distribuídas no Distrito Federal: uma em Brazlândia, Ceilândia e Núcleo Bandeirante e outras cinco localizadas no Plano Piloto. A matrícula é aberta conforme o número de vagas disponibilizadas pela regional de ensino responsável pela unidade. Acesse aqui o contato das regionais.

Escola Parque no Núcleo Bandeirante atende 2 mil alunos de cinco regiões