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06/06/2016 às 18:11, atualizado em 05/07/2016 às 14:43
Detidos em flagrante, ocupantes retirados da estrutura abandonada do antigo hotel ficarão em preventiva até julgamento. Outros seis responderão em liberdade
Dos 11 líderes da invasão do antigo Hotel Torre Palace, desocupado no domingo (5) pelas forças de segurança do governo de Brasília, cinco vão continuar presos até o julgamento do processo. A decisão é da juíza Lorena Alves Campos, do Núcleo de Audiência de Custódia de Brasília, que nesta segunda-feira (6) converteu em preventiva a prisão em flagrante do grupo.
Permanecerão detidos Edson Francisco da Silva, líder do Movimento de Resistência Popular (MRP), que já responde por extorsão de membros do movimento; Ilka Conceição de Carvalho; Alenilson de Sousa Neres (que se identificou como Alisson); Luiz Henrique Amaro Coutinho; e Robison Gomes dos Santos (identificado como Mateus Gomes dos Santos).
Eles responderão pela prática dos crimes de organização criminosa, tentativa de homicídio, tortura, resistência, desobediência e dano a patrimônios público e privado. A tipificação foi definida em procedimento realizado por delegados da Polícia Civil, responsável pela apuração do caso.
Os que informaram nomes falsos, Alenilson e Mateus, serão indiciados também por falsidade ideológica (artigo 299 do Código Penal), cuja pena prevista é de um a cinco anos de reclusão.
Na mesma sentença, foram liberados para responder o processo em liberdade os outros seis líderes da ocupação irregular do prédio: Adílio Souza dos Santos, Gessé Dias de Santana, Jéssica Rodrigues da Silva, José Pereira de Oliveira, Keila Fernanda da Silva, Kennedy Silva dos Santos e Maria Arlete Menezes de Araújo.
O Movimento de Resistência Popular ocupou o Torre Palace, no Setor Hoteleiro Norte, em outubro de 2015, após ter passado pelo St. Peter, no Setor Hoteleiro Sul, e pelo antigo Clube Primavera, em Taguatinga, sob o pretexto de lutar por moradia. No Torre Palace, crianças e bebês de colo ficaram em um ambiente que hoje começou a passar por dedetização e amanhã será desratizado. Após meses de negociação, o governo conseguiu esvaziar todo o prédio sem deixar feridos.
Edição: Raquel Flores