16/11/2022 às 15:27, atualizado em 16/11/2022 às 15:58

Programa de Educação Precoce atende mais de 2 mil crianças em todo o DF

Capital federal é pioneira nessa modalidade, que está presente em todas as regionais de ensino e abrange meninos e meninas de até 3 anos e 11 meses com atraso no desenvolvimento

Por Catarina Lima, da Agência Brasília | Edição: Claudio Fernandes

O Distrito Federal é o único local do país que conta com o Programa de Educação Precoce (PEP) na rede pública de ensino. A iniciativa está presente nas 14 coordenações regionais de ensino, atendendo crianças de até 3 anos e 11 meses em vulnerabilidade ou que tenham registro de intercorrências antes ou após o nascimento, como gravidez de risco, prematuridade, síndromes ou deficiências.

Coordenadora da Educação Precoce de Samambaia, Janete Guerreiro: “Nós trabalhamos a criança de forma lúdica e global”

A coordenadora da Educação Precoce de Samambaia, Janete Guerreiro, disse que o Centro de Educação Especial da região administrativa conta com 178 crianças matriculadas nessa modalidade. Uma delas é Maia, de 1 ano e um mês, diagnosticada com paralisia cerebral. Uma das atividades que a pequena aprecia é brincar na piscina. No colo da professora, era visível a alegria da criança enquanto recebia estímulos para o seu desenvolvimento.

A professora Luciana de Melo trabalha há dez anos com a educação precoce: “É nítido o desenvolvimento da criança que está aqui”

“Nós trabalhamos a criança de forma lúdica e global. Os bebês de menos de 1 ano, quando entram no programa, recebem atendimento individual de professores de educação física e pedagogos. Ao fazer 1 ano, o bebê continua no atendimento individual com esses dois profissionais. Já a partir dos 2 anos, a criança é agrupada e passa a conviver com outras crianças”, explica a coordenadora.

Desde que entram no programa, as crianças são atendidas de forma global. “Percebemos que há uma diferença muito grande entre os que passam e os que não passam pela educação precoce”, afirma Janete. Para atuar nesse segmento, os professores devem ser pedagogos ou educadores físicos e fazer cursos voltados para a educação precoce, além de passar por um teste de aptidão e estágio quando chegam à escola para trabalhar.

A professora Luciana de Melo, 48, está há dez anos trabalhando com educação precoce. “Nós auxiliamos e ajudamos as crianças no desenvolvimento cognitivo, motor, de linguagem e no estabelecimento de vínculo afetivo conosco, inclusive para que seja possível a aprendizagem. Esse é um trabalho de excelência. É nítido o desenvolvimento da criança que está aqui na educação precoce”, avalia.

Programa de Educação Precoce atende mais de 2 mil crianças em todo o DF