10/06/2016 às 19:51, atualizado em 13/06/2016 às 22:36

Cidadãos iniciam auditoria cívica na Saúde

Ação da Controladoria-Geral do DF transforma pessoas da comunidade em fiscais do governo, como Gabriel Alves, de 20 anos

Por Guilherme Pera, da Agência Brasília

Cerca de 300 pessoas – entre estudantes universitários, lideranças comunitárias e voluntários – atuaram como fiscalizadores do governo nesta sexta-feira (10). Eles integram o projeto Auditoria Cívica na Saúde, resultado de parceria entre a Controladoria-Geral do Distrito Federal e o Instituto de Fiscalização e Controle. O objetivo é envolver a população nas ações de promoção da transparência das atividades públicas.

O grupo visitou 68 unidades de atendimento que têm profissionais do programa Saúde da Família. O objetivo é passar pelas 139 existentes no DF até dezembro. O primeiro dia de atividades começou com a capacitação de estudantes da Faculdade Processus, de Águas Claras, e continuou com visitas aos locais.

O trabalho consiste em avaliar os serviços básicos de saúde com entrevistas com o gestor responsável, os pacientes e a equipe do Saúde da Família, além de analisar a estrutura física e de verificar o estoque de insumos, os aparelhos e os equipamentos. Após terminarem a avaliação, os auditores cívicos produzirão relatório e o entregarão para a Controladoria-Geral do DF, a Secretaria de Saúde, o superintendente regional e o gestor responsável pela unidade.

Um dos auditores cívicos é Gabriel Alves, de 20 anos. Para o jovem, ações como a de hoje podem servir de suporte para agentes públicos. “O administrador regional não tem capacidade para observar tudo que se passa na região administrativa pela qual é responsável”, opina. “Iniciativas como esta podem e devem ser continuadas.”

Outro deles é o próprio controlador-geral do DF, Henrique Ziller, que esteve hoje no Posto de Saúde Urbano 2, na Quadra 301 de São Sebastião, para analisar a unidade com os auditores cívicos. “Focamos as atividades no Saúde da Família, porque entendo ser um dos mais importantes programas de atenção primária do Brasil. Se o trabalho é bem feito, esvaziam-se os hospitais, e os custos públicos diminuem”, avalia.

A Subcontroladoria de Transparência e Controle Social, da Controladoria-Geral do DF, coordena as ações. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, a Ordem dos Advogados do Brasil seccional Distrito Federal (OAB-DF) e a Faculdade Processus também participam do processo.

Edição: Paula Oliveira