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15/12/2022 às 15:29, atualizado em 19/12/2022 às 22:38
Até o final de dezembro, o projeto vai passar pela Asa Sul, Vila Telebrasília, Cruzeiro e Octogonal
O Governo do Distrito Federal (GDF), por meio do projeto Vacina em Casa, conseguiu aplicar, entre agosto e a primeira quinzena de dezembro deste ano, 42.425 doses de imunizantes em pessoas que deixaram de se vacinar contra diversos tipos de doenças. Para atingir esse público, foram visitadas 137.536 residências e entrevistadas 112.637 pessoas em 12 regiões administrativas do DF. Os dados estão no balanço parcial divulgado nesta quinta-feira (15) pela Secretaria de Saúde (SES-DF), que coordena o projeto, executado em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
Desde agosto, o Vacina em Casa já esteve em Santa Maria, Gama, Ceilândia, Sol Nascente, Recanto das Emas, Vicente Pires, Taguatinga, Lago Norte, Planaltina, Itapoã, São Sebastião e Jardim Botânico. As áreas foram escolhidas a partir da vulnerabilidade ou da dificuldade de acesso da comunidade a uma unidade básica de saúde (UBS).
Juntos pela vacinação
A secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, ressaltou que o projeto conseguiu esses resultados graças à solidariedade dos participantes. “Todos os colaboradores do projeto – sejam os coletadores de dados ou aplicadores de injetáveis – são voluntariados pela Opas”, destacou. “A Secretaria de Saúde realiza a coordenação técnica e o planejamento das ações de acordo com o resultado esperado, que é aumentar a cobertura vacinal (quebrar resistências à imunização) e oportunizar o cadastro da população do DF”.
O coordenador substituto de Atenção Primária à Saúde, Adriano de Oliveira, explica que o trabalho permite, a partir da identificação das pessoas, encontrar esquemas vacinais incompletos. “Temos inovado em muitas estratégias para tentar remover essa hesitação da população em se vacinar”, ressalta. “O Brasil é um país que produz vacinas seguras. Temos grande experiência na aplicação e conhecemos tudo que é necessário para fazer sem risco. Precisamos vencer essa hesitação e voltar a mobilizar o povo brasileiro”.
De porta em porta
Uniformizados, os coletadores passam de porta em porta para conversar com os moradores. É feito um cadastro e a verificação do cartão de vacina. Caso haja algum imunizante em atraso, os profissionais oferecem a aplicação, que pode ser feita diretamente em casa ou em ponto fixo montado na cidade.
Quem também se empolgou quando viu o carro da vacina na rua foi o lojista Douglas Sales, 34 anos. Ele ainda não havia tomado a terceira dose contra o coronavírus, além de estar com as vacinas antitetânica e da febre amarela atrasadas.
“Acho a ideia muito legal. Na verdade, eu não ia tomar essas vacinas porque o posto de saúde é longe daqui. Prefiro ficar em casa. Mas eles apareceram aqui e eu não ia perder uma moleza dessa”, comenta.
O pequeno Joshua Freitas, 6 anos, foi com os pais Lairton Freitas, 21, e Elaine da Silva, 28, até a unidade fixa montada na Paróquia São Pedro Nolasco, no início da Vila Telebrasília. A família seguiu para o local porque o menino precisava tomar quatro vacinas que já estavam atrasadas. “A iniciativa é muito boa, porque é difícil conseguirmos levá-lo no postinho. Assim, facilita”, elogiou Lairton. O casal ainda aproveitou para atualizar os próprios cartões de vacina e aproveitou para tomar a dose de reforço contra a covid.
Oferta de imunização
Todos os imunizantes do calendário vacinal do DF são oferecidos no projeto Vacina em Casa, com exceção da BCG, por se tratar de uma vacina muito específica e com uma técnica diferenciada e que é oferecida nas maternidades.
Alguns imunizantes estão disponíveis apenas no ponto fixo, que fica em um lugar central das áreas visitadas, devido às questões logísticas. “Essas vacinas precisam ter uma preservação de temperatura ideal, então não conseguimos carregar todas. Levamos as que estamos considerando mais estratégias para a retomada da cobertura vacinal no DF”, revela Adriano de Oliveira.
São consideradas estratégicas as vacinas contra a covid-19, tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), pentavalente (difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenzae tipo B e poliomielite VIP), influenza e poliomielite.