20/12/2022 às 20:03, atualizado em 22/12/2022 às 16:52

O DF SERÁ UM GRANDE CANTEIRO DE OBRAS

O secretário Luciano Carvalho fala de prioridades de infraestrutura desta gestão, como o Túnel de Taguatinga, e dos projetos para 2023

Por Agência Brasília* I Edição: Débora Cronemberger

Para onde se olha, se vê obras de infraestrutura em todo o Distrito Federal. Mas o que é bom vai ficar ainda melhor nos próximos quatro anos, quando o DF será transformado num gigantesco canteiro de obras. É o que garante o engenheiro Luciano Carvalho, secretário de Obras. Ele lembra que o governador Ibaneis Rocha herdou uma terra arrasada: obras paradas, contratos com baixa execução e atraso no pagamento das empresas contratadas para prestar serviços ao GDF. Hoje, a realidade é totalmente diferente. Foram investidos R$ 640 milhões em obras de infraestrutura, serviços de drenagem, pavimentação, calçadas e meios-fios. São mais de 20 contratos em andamento e há 19 novos projetos em elaboração. Carvalho garante: “A população do DF pode esperar muitas obras e benefícios”.

Túnel de Taguatinga, obra com investimento de R$ 275 milhões para melhorar a fluidez do trânsito | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

AG – Há muitas obras importantes em andamento. Quais merecem maior destaque?

LC – Todas as obras são importantes para a população, mas destaco três que são especialmente estratégicas: o Corredor Eixo Oeste, o Túnel de Taguatinga e o viaduto da Estrada Parque Indústrias Gráficas (Epig). O Eixo Oeste é um corredor de ônibus que sai do Sol Nascente e se estende até o Eixo Monumental, passando pelo Terminal Asa Sul. Vai beneficiar diretamente cerca de 1,8 milhão de pessoas. Já o Túnel de Taguatinga é a obra mais emblemática, até mesmo por se tratar da maior obra de infraestrutura viária em andamento no Brasil. Quando concluído, o túnel vai desafogar o trânsito no centro de Taguatinga. Isso porque vai separar aqueles carros que estão só de passagem em direção à Estrada Parque Taguatinga (EPTG) daqueles que têm como destino o comércio da cidade. Esse mesmo perfil tem o Viaduto da Epig. Além do viaduto, será implantado na via uma um corredor de ônibus. Esse conjunto de vai eliminar todos os semáforos daquela região, dando fluidez ao trânsito, especialmente nos horários de pico.

AG -Além dessas, quais obras que merecem destaque pela importância para os moradores?

LC – Recuperar o centro de Brasília foi e continua sendo uma das bandeiras do governador Ibaneis Rocha. A W3, por exemplo, estava abandonada. Muitas lojas fechadas e a tendência era só piorar. Recuperamos as calçadas, organizamos os estacionamentos e hoje temos um comércio fortalecido. A gente vê novas lojas se instalando na região, outras reformando suas fachadas. É o reconhecimento do nosso trabalho. Fizemos o mesmo pelo Setor de Rádio e TV Sul, Setor Hospitalar Sul e Avenida Paranoá. Conseguimos reorganizar esses locais e acabar com aquela desordem de carros em fila dupla, atrapalhando o trânsito, estacionamento irregular, entre outros problemas. Agora estamos atuando fortemente no Setor Comercial Sul com obras em andamento nas quadras 3, 4 e 5. Muito em breve iniciaremos as obras nas demais quadras. Também vamos avançar para o lado norte da cidade com a revitalização da W3 e do Setor Hospitalar.

AG – Vicente Pires nasceu com problemas, que pareciam insolúveis. O que mudou?

LC – Uma das primeiras iniciativas do governador Ibaneis foi instalar um gabinete de crise em Vicente Pires. Ficamos três meses alojados na região dia e noite, atuando em serviços emergenciais para minimizar os transtornos causados pela chuva. Hoje temos uma nova realidade na região. A drenagem e a pavimentação das principais ruas e avenidas da cidade estão concluídas. O período de chuva começou e não temos relatos de lama, alagamentos, muros derrubados pela força da água, problemas até então recorrentes. Os investimentos em Vicente Pires vão continuar nos próximos anos. Estamos trabalhando na elaboração dos projetos de infraestrutura da Colônia Agrícola Samambaia. Também está prevista a construção de duas novas pontes na região para desafogar o trânsito.

AG – E no Sol Nascente/Pôr do Sol, como está o andamento das obras de infraestrutura?

LC – Em 2019, por questões jurídicas, os contratos para obras no Sol Nascente tiveram de ser rescindidos e as obras, paralisadas. Em junho de 2021, as obras foram retomadas. Fizemos o possível para executar todos os serviços previstos no contrato que herdamos do governo anterior. Infelizmente, não foi possível; tivemos que rescindi-los. Tivemos que atualizar os projetos, inserimos ruas e avenidas não contempladas nos contratos originais e fizemos novas licitações. No trecho 2, por exemplo, as obras de drenagem e pavimentação estão concluídas. Ou seja, no trecho 2 não teremos problemas com lama e alagamentos. Nos trechos 1 e 3, infelizmente, não conseguimos retomar as obras antes do início do período chuvoso.

AB – Mas as obras estão paradas?

LC – Há obras em andamento. Estamos trabalhando na escavação das lagoas de detenção, peças fundamentais para o correto funcionamento da rede de drenagem. Sem elas, de nada adianta instalar as galerias de águas pluviais. Além disso, algumas frentes de drenagem e de pavimentação estão em andamento. Conhecemos bem a situação da região. Pedimos desculpas à população com a certeza de que as obras vão avançar rapidamente assim que acabar o período chuvoso.

AG – Quais são as prioridades da Secretaria de Obras para os próximos quatro anos?

LC – O governador Ibaneis assumiu o compromisso de melhorar a qualidade de vida da população e nos incumbiu, junto com outras pastas, de contribuir para promover essas melhorias. Nos próximos anos, Brasília será um grande canteiro de obras. Em breve, vamos começar as obras de requalificação da via Epig. Serão mais de R$ 150 milhões de investimento apenas nesta obra. Vamos iniciar a revitalização do Setor de Oficinas Sul e também está nos planos a revitalização completa das avenidas Samdu e Comercial. E ainda temos a contratação do Drenar Taguatinga, obra importante para colocar fim aos alagamentos na região. A população do Distrito Federal pode esperar muitas obras e benefícios.

*Colaboração: Assessoria de Comunicação da Secretaria de Obras