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22/12/2022 às 17:04
IPEDF entrevistou 3.769 moradores da capital federal, entre agosto e outubro de 2022. Esta é a terceira edição do estudo e a primeira que inclui dados sobre uso de redes sociais
Nesta quinta-feira (22), o Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) apresentou os principais resultados da terceira edição da pesquisa sobre os hábitos da população da capital federal. Nesta edição, também buscou-se ampliar o conhecimento sobre os hábitos referentes ao uso da internet e de aplicativos, adicionando questões relacionadas ao uso de redes sociais e outras ferramentas digitais. Realizada pela Central 156, foram entrevistados 3.769 moradores entre agosto e outubro de 2022.
Os entrevistados em regime híbrido de trabalho são os que mais frequentam ambientes de serviços essenciais (22,78 visitas mensais), empreendimentos comerciais (18,37) e esportes e lazer (11,65). Em média, os trabalhadores presenciais são os que mais visitam locais do setor social e religioso (5,64) e os remotos os que menos frequentam serviços essenciais (20,73). Aqueles que não trabalham apresentam a menor média de visitas aos empreendimentos comerciais (10), de esportes e lazer (6,03) e social e religioso (5,04).
Na medida em que a idade avança, maior é a dificuldade de acessar aplicativos e redes sociais: quase 45% dos entrevistados com 60 anos ou mais apresenta dificuldades no uso da internet para se informarem sobre serviços públicos ou privadosesquerda
Os setores de serviços essenciais e social e religioso registram relativa homogeneidade em relação ao rendimento, sugerindo que a frequência aos ambientes de alguns setores é limitada para aqueles com rendas menores e revelando a desigualdade de acesso a alguns serviços, especialmente relacionados aos esportes e lazer como academias e eventos culturais. Também é possível observar que o teletrabalho é eficaz em reduzir a circulação em determinados locais mesmo após o período mais agudo da pandemia.
Hábitos digitais
O uso da internet e de aplicativos para a realização de compras em supermercados ainda não atingiu o mesmo nível de popularidade do uso digital para compras com outras finalidades: somente 14,54% dos entrevistados fazem mais compras em supermercados virtualmente do que presencialmente. Quanto às compras online de eletroeletrônicos e eletrodomésticos, observa-se que, na medida em que a renda cresce, maior é a parcela dos que preferem comprar esses produtos por meios digitais.
Em relação ao uso de redes sociais, o WhatsApp (85,86%) é o mais acessado, seguido pelo Instagram (68,48%), Facebook (50,99%) e Youtube (50,89%). O Telegram (17,30%), Tik Tok (16,11%), Twitter (15,42%) e LinkedIn (13,37%) não apresentam percentuais significativos. Além disso, 4,99% usam outras e 3,21% não possuem redes sociais. Como esperado, os mais jovens são os maiores usuários: 92,39% dos entrevistados entre 18 e 24 anos utilizam o WhatsApp, que é a rede com a maior aceitação em todas as faixas etárias.
Nota-se que, na medida em que a idade avança, maior é a dificuldade de acessar aplicativos e redes sociais: quase 45% dos entrevistados com 60 anos ou mais apresenta dificuldades no uso da internet para se informarem sobre serviços públicos ou privados. Entre os 62,86% que acompanham mais notícias pelas redes sociais do que pelas mídias tradicionais, como televisão e jornais impressos, a maioria são jovens: 80,07% dos que têm entre 18 e 24 anos. Entre os entrevistados com 60 anos ou mais, esse percentual é de 43,03%.
Confira os resultados da pesquisa na íntegra.
*Com informações do IPEDF