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03/02/2023 às 12:02, atualizado em 03/02/2023 às 13:14
Em sua quarta edição, evento é uma das cinco manifestações populares que integram o Circuito Candango de Culturas Populares, iniciativa custeada por termo de fomento de R$ 469 mil
“Dia 2 de fevereiro/dia de festa no mar”, canta o conhecido samba do baiano Dorival Caymmi. Mas em Brasília, mesmo sem mar, também teve comemoração às margens do Lago Paranoá, nesta quinta-feira (2). Para marcar o dia dedicado a Iemanjá, uma das divindades das religiões de matriz africana, a Festa das Águas trouxe uma extensa programação em diversos ritos e apresentações artísticos-culturais.
Enquanto espaço político, a Festa das Águas também reuniu autoridades locais e a recém-empossada ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. “O DF tem uma representatividade muito relevante dentro da cultura de matriz africana do país. A Festa das Águas é um retrato disso. Em especial, nesta 4ª edição, tivemos a presença de representantes de importantes órgãos dos governos distrital e federal, selando o compromisso de cuidado e revitalização com a Praça dos Orixás. Isso mostra a força e a potência que a Festa das Águas traz para o povo de terreiro”, afirmou a presidente do Rosa dos Ventos, Steffanie Silva de Oliveira.
Importante liderança local e diretora do Coletivo das Yás do DF, Mãe Baiana destacou as dificuldades enfrentadas pelos praticantes de religiões como o candomblé e a umbanda. “O racismo religioso mata, é feio, vamos combatê-lo”, destacou. “Nossa Praça existe, nossos orixás existem, nossa fé existe.” Pouco depois, um ponto cantado nas rodas dizia que “não importa a nação [religiosa], vamos levantar a bandeira da união”, exortando os presentes a defender a tolerância religiosa diante da liberdade de credo no Brasil garantida pela Constituição Federal de 1988.
A formanda em Gestão Ambiental na Universidade de Brasília (UnB), Vitória Ferreira de Meneses, trazia em um sling o filho Victor Nauê, de um ano, que dormia ao som dos atabaques. “Acredito nas religiões de matrizes africanas pelo acolhimento que dão. A gente ganha uma família. Isso é muito importante num mundo onde cada vez mais é cada um por si”, ensinava a mãe.
O advogado Cristiano Lopes, iniciado no Candomblé, deixou o terno em casa e, de branco e eketê (toca ritual) na cabeça, ensinava sobre o percurso do culto dos orixás. Segundo ele, essa manifestação conta com mais de 5 mil anos de existência no continente africano, onde há registros de devoção a mais de 300 orixás. No Brasil, há quase 500 anos, a partir de Bahia e Rio de Janeiro, as divindades se traduziram em número menor, mas em semelhante importância. Justificava a presença das estátuas de apenas 16 divindades na Praça dos Orixás pelo fato de que lá estão as mais conhecidas, representando uma diversidade maior de manifestações de religiosidade de matriz africana.
Rafael Veiga, membro da casa de umbanda Fraternidade Universalista da Divina Luz Crística, no Núcleo Bandeirante, preparava a queima de incensos a fim de purificar o ambiente, convocando o axé (poder ou energia do local) para as rodas em homenagem a Iemanjá e Oxum. “Queremos promover a paz. Vamos benzer as pessoas, dar passes”, dizia entre maços de ervas e flores. Atrás dele, o Paranoá se preparava para o famoso cortejo de entrega de balaios, que começaram a ser preparados ainda de madrugada.
A cerimônia continuou à tarde com rodas de samba, participação de DJs, apresentações de capoeira e shows da Orquestra Alada Trovão da Mata e do Zenga Baque Angola.
*Com informações da Secec