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24/02/2023 às 13:23, atualizado em 03/03/2023 às 15:51
Restauração do piso de pedras portuguesas será conduzida pela Secretaria de Cultura. Obra depende agora do aval do Iphan
Local onde se encontram os três poderes da República e parada obrigatória para turistas que visitam a capital, a Praça dos Três Poderes já tem projeto pronto e valor definido para a reforma de seu clássico piso de pedras portuguesas. Cerca de R$ 11 milhões serão investidos na obra, que ainda depende da aprovação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Um espaço tombado de 26,4 mil m² que abriga em formato triangular o Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional.
Uma equipe de arquitetos da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) trabalha há dois anos para atender a aprovação de todos os quesitos de preservação solicitados pelo instituto para a simbólica praça. Recentemente, o professor da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) Fernando Birello colaborou com a pasta ao produzir um mapeamento aéreo de toda a área, usando um drone. Com mais esta exigência cumprida, o governo espera enfim iniciar a restauração da praça.
Inaugurada em 1960 juntamente com Brasília, o espaço sofreu o desgaste natural de décadas e ainda viu dezenas de pedras serem arrancadas nos tristes episódios dos atos antidemocráticos, em 8 de janeiro. A restauração do calçamento da Praça dos Três Poderes vai incluir trabalhos de impermeabilização, correção de topografia e troca ou reposição de pedras.
Conforme lembra o subsecretário de Patrimônio Cultural, Aquiles Brayner, ao pisar na praça se anda ‘sobre o patrimônio’. “Queremos devolver a praça à população de uma maneira que ela possa ser utilizada sem dificuldades”, reforça. “Não é só um problema estético, mas de segurança, acarretado pela falta de peças e também o desnivelamento do piso”, diz o gestor. Com a aprovação do projeto final feito pelos técnicos da Secec, o próximo passo será a licitação da reforma.
Surpresa com a idade do local
Nascido em Brasília, mas atualmente morador de São Carlos (SP), o professor Pablo Arantes, 44 anos, é um visitante costumeiro da praça. Esta semana, apresentou o local à esposa Valquiria Faustino, 37.
Ele conta que não sabia o quão antigo era o piso. “Não sabia que as pedras são da época da inauguração da cidade. Está precisando melhorar o espaço, de mais cuidado né? Considero aqui o coração da nossa capital”, define.