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04/03/2023 às 11:55, atualizado em 04/03/2023 às 11:57
Gerido pelo IgesDF, o Hospital de Base conta com serviço especializado de endocrinologia, que acompanha pacientes com obesidade grave ou moderada com comorbidades
Comemorado neste sábado (4), o Dia Mundial da Obesidade tem como objetivo conscientizar sobre a epidemia global de obesidade e suas consequências para a saúde. “A obesidade é definida como um acúmulo excessivo de gordura corporal que pode levar a problemas graves e crônicos de saúde”, alerta o chefe do serviço de Endocrinologia e Metabologia do Hospital de Base (HBDF), Julio Cesar Ferreira Júnior. “Isso inclui diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, hipertensão, acidente vascular cerebral e várias formas de câncer”, detalha o médico.
Gerido pelo IgesDF, o Hospital de Base conta com serviço especializado de endocrinologia que acompanha pacientes com obesidade grave ou moderada com comorbidades, como diabetes, doenças renais, doenças do coração, entre outras. O atendimento é de alta complexidade e tem por objetivo acompanhar os pacientes por meio do tratamento clínico.
Julio Cesar explica que o primeiro passo para se evitar a obesidade e suas consequências é manter um estilo de vida saudável, com uma alimentação equilibrada, rica em nutrientes, fibras e pobre em gorduras saturadas, açúcares e sal. “É importante evitar o excesso de alimentos industrializados e ultraprocessados”, acrescenta.
O médico destaca também a necessidade de realizar atividades físicas regularmente, conforme a capacidade e necessidade individual, assim como evitar hábitos sedentários, como ficar sentado por longos períodos, e priorizar um sono adequado e de qualidade. “Evidências mostram que noites mal dormidas, privação de sono, insônia e doenças que afetam a qualidade do sono podem ser fatores de risco para o ganho de peso”, ressalta.
“A rotina nos hospitais nos mostra o quanto é possível prevenir muitas doenças, começando com a reeducação alimentar”Mariela Souza de Jesus, presidente do IgesDFdireita
Existem sinais que podem indicar o início da obesidade, como o ganho de peso gradual e excessivo, o acúmulo de gordura na região abdominal, o aumento da circunferência abdominal e o Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 30 kg/m². Além disso, a combinação de fatores genéticos, ambientais, comportamentais e socioeconômicos, como dieta inadequada, falta de atividade física, estresse, distúrbios hormonais e medicamentos estão entre os fatores que podem ocasionar a obesidade. “O funcionamento adequado do intestino desempenha um papel muito importante no balanço de energia do corpo”, detalha. “É o local que absorve os nutrientes para o funcionamento do organismo. A saúde intestinal inadequada contribui para o ganho de peso”, esclarece Julio Cesar.
O diagnóstico da obesidade é feito com base no histórico médico e nos sintomas do paciente, bem como por meio do cálculo do IMC e da medição da circunferência abdominal. Em casos mais graves, podem ser necessários exames complementares, como testes de sangue, urina e imagem. Por ser de origem multifatorial, a obesidade tem em seu tratamento abordagem integrada que envolve mudanças no estilo de vida: “Como alimentação saudável e prática de atividades físicas regulares, acompanhamento médico, uso de medicamentos e até a realização de cirurgia bariátrica”, detalha o chefe do Hospital de Base.
A presidente do IgesDF, Mariela Souza de Jesus, incentiva a elaboração de campanhas pela promoção da saúde e prevenção contra doenças. “A rotina nos hospitais nos mostra o quanto é possível prevenir muitas doenças, começando com a reeducação alimentar”, afirma.
Mudança de hábitos
Para alcançar e manter um estilo de vida saudável, é importante fazer mudanças gradativas e sustentáveis no dia a dia, tais como:
– Consumir alimentos ricos em nutrientes e fibras, como frutas, legumes, cereais integrais e proteínas magras;
– Evitar alimentos processados, industrializados, açúcares, gorduras saturadas e frituras;
– Beber bastante água e evitar bebidas açucaradas e alcoólicas;
– Praticar atividades físicas regularmente, como caminhar, correr, nadar ou pedalar;
– Controlar o estresse e dormir bem;
– Quando necessário, buscar apoio e orientação profissional, em especial com endocrinologistas, nutricionistas e psicólogos.
*Com informações do IgesDF