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08/07/2016 às 14:40, atualizado em 23/01/2017 às 16:12
Até a semana passada, foram notificados 23 surtos isolados, distribuídos em sete regiões administrativas. A vacina está disponível na rede pública
O Distrito Federal registrou, na última semana, 108 novos de casos de caxumba, segundo informações da Secretaria de Saúde. Os dados são do Boletim Epidemiológico nº 3 — que compreende o período desde o início de janeiro até 2 de julho —, divulgado nesta quinta-feira (7). De acordo com o informativo, o total de pacientes contaminados com o vírus, em 2016, chegou a 865. Dessas, 843 são moradores do Distrito Federal, o que equivale a 97,5%. De acordo com a Secretaria de Saúde, o pico de ocorrências se deve ao aumento da sensibilidade do sistema de vigilância e a contínua inserção de casos no banco de dados utilizado.
A maioria dos pacientes (522) é do sexo masculino, o que pode estar relacionado ao surto isolado ocorrido no Complexo Penitenciário da Papuda, em fevereiro. Além disso, mulheres em idade fértil fazem parte do grupo alvo da vacina que protege contra caxumba, sarampo e rubéola. Quanto aos casos por idade, as faixas etárias de 20 a 49 anos e de 15 a 19 anos concentraram a maior parte dos casos, com 44,9% e 27,9%, respectivamente. A maior incidência acumulada segundo a faixa etária se mantém entre os pacientes de 15 a 19 anos, devido a surtos em instituições de ensino.
O Setor de Indústria e Abastecimento apresentou alta incidência de caxumba, 24 ocorrências no total, o que corresponde a 870,8 casos por cada 100 mil habitantes. Segundo a Secretaria de Saúde, o aumento pode estar relacionado a surto ocorrido no Centro de Progressão de Pena (CPP), aliado ao fato de ser a região administrativa com a menor população.
Até 2 de julho, foram notificados 23 surtos isolados de caxumba no DF, distribuídos em sete regiões administrativas. Dezesseis ocorreram em escolas, três em residências, dois em complexos penitenciários e dois em outros locais.
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Quanto há surto, a secretaria alerta para a necessidade de isolamento social dos pacientes de, no mínimo, dez a 15 dias — contados a partir dos primeiros sinais e dos sintomas da doença. Como a contaminação ocorre por meio de gotículas de salivas, devem-se evitar ambientes aglomerados e fechados e compartilhar copos e talheres. Também é importante ingerir líquidos.
Não existe um tratamento específico para a doença. O combate é feito pela vacinação ainda na infância. Na rede pública de saúde, a vacina tríplice viral (que protege contra caxumba, sarampo e rubéola) pode ser aplicada no primeiro ano de vida; a vacina tetra viral (caxumba, sarampo, rubéola e varicela) é dada a partir dos 15 meses de idade.
Para crianças e adolescentes até 19 anos, são duas doses do medicamento e, para pessoas de 20 a 49 anos, é apenas uma dose da vacina tríplice viral. A prevenção pode ser feita durante todo o ano nos centros de saúde.
Febre, calafrios, dores de cabeça, musculares — ao mastigar ou engolir — e fraqueza são os sintomas mais comuns. A doença também é caracterizada pelo aumento de glândulas salivares, que fazem o rosto inchar.
A incubação do vírus — período de contaminação até aparecer os primeiros sintomas — pode variar de 12 a 25 dias. Em média, aparece por volta dos 16 a 18 dias.
Acesse o Boletim Epidemiológico nº 3 na íntegra.
Edição: Gisela Sekeff