23/03/2023 às 20:09, atualizado em 23/03/2023 às 20:36

UPA de São Sebastião retoma atendimento pediátrico

Doze pediatras já estão escalados, outras quatro vagas estão em fase de seleção

Por Agência Brasília* | Edição: Carolina Lobo

O Governo do Distrito Federal (GDF) retomou o atendimento pediátrico nas unidades de pronto atendimento a partir desta gestão e a primeira UPA a oferecer o serviço é a de São Sebastião. Para atender à escala integral, com médicos todos os dias, por 24 horas, dezesseis pediatras comporão a equipe. Atualmente, doze pediatras já estão escalados. Outras quatro vagas estão em fase de seleção.

“A seleção de médicos é um dos maiores desafios de recursos humanos no Instituto [de Gestão Estratégica de Saúde], sobretudo para as UPAs, onde a demanda costuma ser alta e de muita pressão”, explica o diretor-presidente interino do IgesDF, Cléber Sipoli.

“A implantação da especialidade de pediatria na UPA proporcionará um aumento do número de crianças atendidas por especialistas e a diminuição da demanda reprimida observada nessa região”Nadja Carvalho, superintendente de Atenção Pré-Hospitalar do IgesDF, responsável pelas UPAsdireita

Pediatria nas UPAs é uma determinação do governador Ibaneis Rocha, e outras unidades deverão implementar o serviço posteriormente, como já há previsão para Recanto das Emas. São Sebastião foi selecionada devido à grande procura por atendimento pediátrico na região. “A implantação da especialidade de pediatria na UPA proporcionará um aumento do número de crianças atendidas por especialistas e a diminuição da demanda reprimida observada nessa região”, ressalta a superintendente de Atenção Pré-Hospitalar do IgesDF, Nadja Carvalho, responsável pelas 13 UPAs do DF.

Quando o atendimento pediátrico estiver funcionando em período integral, haverá pelo menos dois pediatras nas escalas de plantão. Para a implementação da pediatria no Recanto das Emas, serão contratados mais 16 especialistas.

Sazonalidade

Com o período da sazonalidade do outono e inverno, há uma elevada disseminação de vírus respiratórios que atingem as crianças menores, aumentando os casos de asma e bronquiolite.

No Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), por exemplo, já é possível notar o aumento do número de atendimentos de crianças e, principalmente, de casos graves. O número de casos aumenta entre fevereiro e março e só volta a cair entre junho e julho.

Na UPA de São Sebastião, a única que conta com pediatras, a situação é semelhante: grande número de famílias buscando atendimento para crianças com problemas respiratórios. Nesta quinta-feira (23), houve 69 atendimentos de crianças na unidade.

É recomendável procurar atendimento médico em um hospital quando a criança estiver com dificuldade respiratória, recusa alimentar, sonolência excessiva, febre persistente por mais de 72 horas ou alteração na pele ou de comportamento. Nesses casos, os pais precisam procurar um pronto-socorro.

Crianças gripadas, mas sem sinais de alarme, devem ficar em casa em isolamento, mas com aumento da hidratação e intensificação na higiene nasal.

Aos pais, cabe redobrar os cuidados com a higienização das mãos, o uso de máscaras quando necessário, a alimentação saudável, a ingestão de líquidos, a vacinação das crianças e, por fim, o isolamento domiciliar nos casos de sintomas respiratórios.

*Com informações do IgesDF