10/07/2016 às 09:25, atualizado em 11/07/2016 às 17:24

Governo pretende chegar a 100% de cobertura de saúde da família em Ceilândia

Para isso, a maior e mais populosa região administrativa de Brasília vai contar com a parceria de organizações sociais na administração dos serviços

Por Saulo Araújo, da Agência Brasília

Para diminuir as filas nos hospitais públicos do Distrito Federal, o governo de Brasília pretende impulsionar os serviços ofertados na atenção primária de saúde. Do total de atendimentos nas emergências, estima-se que até 65% poderiam ser feitos nos centros de saúde ou em algumas das seis unidades de pronto-atendimento (UPAs) distribuídas por Brasília. O Executivo iniciou o processo de fortalecimento da porta de entrada dos pacientes da rede, com a intenção de, até 2018, mais do que dobrar a cobertura de estratégia de saúde da família — de 30,7% para 62%.

O secretário de Saúde, Humberto Fonseca.

O secretário de Saúde, Humberto Fonseca. Foto: Andre Borges/Agência Brasília

Como será o modelo da saúde em Ceilândia com organizações sociais

Em Ceilândia, a primeira frente prevê a manutenção das 27 equipes de estratégia da família e a criação de mais 27. Para mantê-las, o governo estima investir R$ 1,8 milhão por mês em recursos humanos, materiais de consumo e despesas gerais. No DF todo, o objetivo é ampliar a cobertura para 62%, mas em locais como o Setor O, o Condomínio Privê, o Pôr do Sol e o Sol Nascente, a meta é alcançar 100% de cobertura até 2018.

Na segunda frente a ser desenvolvida em Ceilândia, a estratégia é converter ao modelo de atenção de estratégia de saúde da família os Centros de Saúde nº 2, nº 4, nº 7 e nº 10, com a implementação de mais 34 equipes de saúde da família e 16 equipes de saúde bucal. A melhor utilização e destinação dos recursos devem render uma economia de cerca de R$ 1 milhão por mês ao final de 2017, segundo projeções da Secretaria de Saúde.

“O cidadão saberá quem é seu médico, seu enfermeiro, e em qual unidade eles atendem. Com isso, conseguiremos levar saúde de qualidade e tornar os serviços mais acessíveis e práticos às pessoas.” Secretário de Saúde, Humberto Fonseca

Cada equipe de saúde da família é formada por um médico, um enfermeiro, dois técnicos de enfermagem e cinco agentes comunitários de saúde. Já a equipe de saúde bucal é composta por um cirurgião-dentista e uma técnica em higiene bucal. “A grande mudança é que a população estará territorializada [definida por territórios]. O cidadão saberá quem é seu médico, seu enfermeiro, e em qual unidade eles atendem. Com isso, conseguiremos levar saúde de qualidade e tornar os serviços mais acessíveis e práticos às pessoas”, ressalta Humberto Fonseca.

Edição: Raquel Flores