27/03/2023 às 12:38, atualizado em 27/03/2023 às 18:23

Capoterapia reúne a comunidade em Santa Maria e faz todo mundo dançar

Atividade, baseada na capoeira, é ideal para idosos, recupera a agilidade e ainda melhora o humor e o sono

Por Agência Brasília* I Edição: Débora Cronemberger

Aos 71 anos, Maria Terezinha, moradora de Santa Maria, tem uma energia incansável. Quem vê a senhora de 1,57m, óculos e cabelos brancos não imagina a quantidade de pessoas que ela influencia com suas aulas de capoterapia. A atividade gratuita é ofertada todas as terças e quintas-feiras na Unidade Básica de Saúde 2 (UBS 2) de Santa Maria, às 7h30, reúne mais de 150 moradores da cidade.

Camerindo de Almeida diz que a atividade alivia os problemas de articulação

A aposentada Edivania Pereira de Araújo, 61 anos e mãe de três filhos, participa das aulas há seis anos. Ela começou a cuidar da saúde somente aos 50, depois que foi afastada do trabalho por artrose e uma hérnia de disco. “Comecei a cuidar da saúde tarde, mas as aulas me fazem muito bem, fico sem dores e encontro minhas amigas. A gente se diverte, brinca, é muito bom pra cabeça também”, revela.

Camerindo de Almeida, 74 anos, frequenta as aulas há dois anos e foi encaminhado para a capoterapia pelo médico de família e comunidade da UBS 2. “Faz bem para meus problemas de articulação, tenho uma dormência nas mãos”, conta.

Socialização

As pessoas interessadas devem procurar a UBS 2 de Santa Maria para fazer a inscrição e ingressar no grupo que já tem atraído diversos participantes. As aulas são ministradas pela professora Maria Terezinha toda terça e quinta-feira.

Moradora de Santa Maria, Luzilene Numeriano, 74 anos, faz a atividade há seis meses e afirma que sair de casa é o melhor remédio para a velhice. “A gente tem que sair de casa, senão enferruja, tem que esticar o corpo e conhecer gente”, diz.

Santana José de Souza, 76 anos, comemora por ter iniciado as aulas esta semana. “Como somos só eu e minha filha, fico muito sozinha em casa. É importante fazer exercício para meu problema de tireoide”, revela. “Essa é minha terceira aula e me fez muito bem, não só para mim, mas para todos que estão aqui. Você se distrai e esquece de tudo”, completa.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que idosos ativos fisicamente apresentam taxas mais baixas de mortalidade, menos riscos de queda e melhoria na saúde óssea. Para esse grupo, a OMS recomenda a prática da atividade física nos momentos de lazer, como caminhada, natação, jardinagem e dança. A capoterapia já foi regulamentada no Distrito Federal entre as práticas complementares de saúde oferecidas à população pelo SUS.

*Com informações da Secretaria de Saúde

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