01/04/2023 às 11:25, atualizado em 02/04/2023 às 09:51

Brasília se destaca em quarto lugar no ranking do empreendedorismo

Conheça alguns exemplos de iniciativas da FAPDF voltadas para os negócios, como os programas Start BSB e Centelha-DF

Por Agência Brasília* | Edição: Carolina Lobo

Segundo dados do Índice de Cidades Empreendedoras (ICE) de 2023, desenvolvido pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap), Brasília desponta como uma das cidades mais empreendedoras do Brasil, ao lado de São Paulo (SP) e outras grandes metrópoles do país. Na pesquisa que avaliou os 101 municípios mais populosos, a capital federal saltou do 69º para o quarto lugar no ranking das cidades mais empreendedoras do Brasil em relação ao levantamento de 2022.

Dos sete pontos abarcados pela pesquisa, quatro estimularam o crescimento de Brasília no ranking: infraestrutura e mercado, em que a cidade apareceu na terceira posição; cultura empreendedora, em que Brasília é a quarta, e o acesso à capital, em que está no nono lugar. Segundo o estudo, são esses pontos que afetam diretamente a capacidade dos empreendedores abrirem e manterem seus negócios funcionando de forma rentável.

“A notícia é motivo de comemoração para o Distrito Federal, que tem investido cada vez mais em iniciativas para fomentar o empreendedorismo e a inovação na região. Uma das instituições que tem contribuído para esse cenário é a Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal [FAPDF], que desde sua criação vem desenvolvendo programas voltados para o fortalecimento da cultura empreendedora e a promoção do desenvolvimento científico e tecnológico na região”, explica o diretor-presidente da fundação, Marco Antônio Costa Júnior.

Iniciativas voltadas para negócios no DF tiveram investimento de mais de R$ 36 milhõesdireita

Alguns exemplos de iniciativas da FAPDF voltadas para os negócios são o programa Start BSB, que fomentou e capacitou 50 startups brasilienses; o Programa de Animação do Ecossistema, que beneficiou seis organizações da sociedade civil (OSCs) para desenvolver diferentes enfoques, metodologias, recursos e instrumentos para animar o ecossistema local; o programa Escolas Inovadoras, que selecionou quatro OSCs para o desenvolvimento de projetos e cultura de empreendedorismo e inovação dentro das escolas do DF, e o programa Centelha-DF, que aprovou 28 ideias de negócio e concedeu aporte econômico com seis meses de capacitação empreendedora. Todos estes programas somam mais de R$ 36 milhões em investimento público nesse setor.

Com essas iniciativas, a FAPDF tem contribuído de forma significativa para tornar Brasília uma das melhores cidades para se empreender no Brasil, impulsionando a economia e gerando oportunidades para a população local. A cada ano, a instituição tem mostrado seu compromisso com o desenvolvimento da capital, fortalecendo o empreendedorismo e a inovação como pilares fundamentais para o crescimento e a sustentabilidade da economia brasiliense.

Conheça, abaixo, mais iniciativas da FAPDF.

Start BSB

A proposta do programa, promovido pelo Governo do Distrito Federal (GDF) por meio da FAPDF em parceria com a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), operacionalizada pela Fundação Certti, foi impulsionar a cultura de empreendedorismo no DF e trazer soluções inovadoras e eficientes para as principais demandas regionais.

A iniciativa também buscou contribuir para a geração de recursos e ativos e para a fixação de empresas, investidores e recursos humanos qualificados na capital federal. Com o orçamento global de mais de R$ 5 milhões, o Start BSB contou com 473 inscrições e já beneficiou 50 empresas de 16 regiões que compõem o DF, o que resultou na geração de empregos, 19 protótipos testados e movimentação da economia local.

Reunião de trabalho entre as OSCs selecionadas no edital do programa Escolas Inovadoras | Foto: Ascom FAPDF

O projeto da Agência de Transformação Social (Iecap) visa o engajamento escolar na interação com os alunos e pais ou responsáveis legais, comunidade local, membros da equipe gestora, corpo docente, servidores e colaboradores atuantes em serviços administrativos e auxiliares de serviços gerais.

A União Planetária apresentou projeto que visa levar educação ambiental, conscientização da sustentabilidade, valorização da diversidade e da cidadania para estudantes e professores. A proposta, denominada projeto Educacional Supren, vai implementar, no Centro de Ensino Fundamental 01 do Planalto, um sistema permacultural baseado nos princípios da ecologia profunda e da Educação Gaia, com o objetivo de otimizar da captação e o uso da água, promover eficiência energética, reciclar e reaproveitar os resíduos, produzir e consumir alimentos orgânicos.

A Universidade Católica de Brasília (UCB) realizou levantamento de dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e constatou que o DF obteve uma nota baixa na meta de aprendizagem esperada em 2017. O projeto Alpha, como é denominado pela UCB, propõe uma metodologia de cocriação de escola inovadora, com gestão participativa, para melhorar os índices de permanência e conclusão dos anos finais do ensino fundamental, gerando senso de pertencimento no espaço escolar por parte dos gestores, docentes, funcionários, estudantes e suas famílias.

A Brasil Startups, antiga Associação de Startups e Empreendedores Digitais (Asteps), apresentou o chamado projeto Retina. O propósito é utilizar tecnologias audiovisuais e metodologias inovadoras, como jogos, hackatons e demodays, para implementar a educação empreendedora em escolas de ensino médio.

Centelha-DF

Outra iniciativa importante é o programa Centelha-DF, executado pela FAPDF, Biotic (Parque Tecnológico de Brasília) e Terracap, promovido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e a Fundação Certi. A FAPDF fomentou a edição do programa no DF com recursos de mais de R$ 550 mil.

A iniciativa promoveu a cultura empreendedora e acelerou o desenvolvimento do ecossistema de inovação da região onde atua ao possibilitar o intercâmbio de tecnologias e fomentar a geração de capital intelectual e financeiro. Em Brasília, o programa já apoiou diversos projetos inovadores, como o desenvolvimento de aplicativos para a saúde e tecnologias para o agronegócio.

Esta primeira edição contou com mais de 300 ideias inovadoras submetidas, originárias de 88% das regiões administrativas do DF. A partir do processo de recrutamento, capacitação e seleção, 28 projetos foram aprovados e foram contemplados com R$ 60 mil em subvenção econômica, suporte ao desenvolvimento dos negócios e acesso facilitado a parceiros.

*Com informações da FAPDF