18/04/2023 às 15:30

Bebês e crianças do DF contam com serviço de ambulância especializada

Samu oferece equipamentos específicos para atendimentos pediátricos e ganha destaque em período de viroses respiratórias

Por Agência Brasília* | Edição: Vinicius Nader

Além dos serviços de acolhimento nos hospitais, nas unidades de pronto atendimento (UPAs) e unidades básicas de saúde (UBSs), os bebês e as crianças do Distrito Federal têm um suporte adicional nesta época de aumento dos casos de doenças respiratórias. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) conta com uma ambulância equipada para o atendimento dos pequenos, uma facilidade que permite o acolhimento rápido e específico de pacientes em estado grave.

A ambulância se diferencia por conta dos equipamentos que carrega, explica a pediatra Ludmila Santos. Respiradores, bombas infusoras, monitores e até os instrumentos para fazer uma intubação são próprios para as necessidades neonatais e pediátricas. Todos necessários frente ao aumento dos pedidos referentes às doenças respiratórias. “A maioria são bebês com menos de um ano. A bronquiolite tem sido mais agressiva nessa faixa etária”, revela.

“O atendimento direcionado é fundamental neste período de sazonalidade para garantir a qualidade da assistência às crianças”Thaís Braga, coordenadora da Rede de Urgências e Emergências do DFdireita

A enfermeira Cristina Kimura, chefe da base do Samu no Riacho Fundo, onde fica a viatura número 109, adaptada para crianças e bebês, conta que, em um único dia, é comum rodar de 400 km a 500 km com até uma dezena de pacientes transportados. “Este ano está sendo extremamente desafiador”, declara. Ainda assim, apesar dos relatos de madrugadas intensas e de pacientes em estado gravíssimo, nenhum foi perdido a bordo em 2023.

Qualidade na assistência

A escolha do caminho até o hospital é muito importante para o melhor atendimento

Se conduzir uma ambulância em meio ao tráfego da capital federal já é desafiador, ter a bordo uma criança torna a tarefa ainda mais complexa. “Todo mundo sabe que a gente não pode chacoalhar um recém-nascido. Imagine precisar frear com força levando um bebê entubado”, lembra o condutor Luiz Henrique Guimarães.

Mais que evitar colisões, o trabalho dele envolve escolher rotas rapidamente e considerar as condições do paciente que leva. Até uma intubação pode ser perdida caso o veículo faça algum movimento abrupto.

O condutor destaca que a maioria dos motoristas colabora, abrindo espaço para a passagem da ambulância, mas outros praticamente ignoram a presença. “Tem quem fique no seu veículo ouvindo música, distraído e não percebe que estamos atrás dele com a sirene ligada”, conta Luiz.

*Com informações da Secretaria de Saúde (SES)