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29/04/2023 às 14:02, atualizado em 30/04/2023 às 10:41
Local comemorou o Dia Internacional da Dança com 13 horas de atividades distribuídas em 21 oficinas e cinco apresentações
Neste sábado (29), comemora-se o Dia Internacional da Dança. No Distrito Federal, o Centro de Dança (CD), equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), festejou antecipadamente, junto com os eventos que marcaram o aniversário de Brasília, começando na sexta-feira passada (21). Foram 13 horas de atividades, com 21 oficinas e cinco apresentações, tudo gratuito.
“Os números mostram que o Centro de Dança é diverso e não há predominância de uma única linguagem. A cada dia, notamos mais possibilidades estéticas que respondem a demandas da população”, sintetiza Ribeiro.
Criador do Festival de Teatro Brasileiro e do Movimento Internacional de Dança, Sergio Bacelar endossa a avaliação: “o centro se destaca pela diversidade e abrangência. Temos grupos e pessoas dançando diferentes estilos, de todas as RAs”.
Mercado de trabalho
A licenciatura em Dança no IFB foi criada em 2010 e forma cerca de 30 profissionais por ano. Destina-se à preparação de professores para atuar na educação básica, tanto na rede pública quanto na privada. Mendes, licenciada em arte pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), mestre e doutora em Arte pela Universidade de Brasília (UnB), lembra que, desde 2016, a lei de Diretrizes e Base da Educação (LDB) tornou obrigatório o ensino de dança nas escolas.
“De lá para cá, o mercado de trabalho para o professor de dança em Brasília está em expansão. Os últimos concursos para profissionais temporários da Secretaria de Educação abriram vagas específicas para essa especialidade”, explica Mendes. “Para além dos postos de trabalho na área pública, as escolas particulares e academias também representam espaços para inserção deste profissional”, incentiva a docente.
“Os profissionais da Dança do DF têm tido, cada vez mais, oportunidades de profissionalização e troca com coreógrafos brasileiros e estrangeiros. Essas vivências continuadas vêm aprofundando as pesquisas, qualificando as criações e ampliando os diálogos nacionais e internacionais. O Centro de Dança participa disso”, testemunha Sergio Bacelar.
Inclusão
O Centro de Dança também promove inclusão. O coreógrafo Wesley Messias trabalha há 25 anos com o projeto “Tribo Cadeirantes”, que promove a participação dos bailarinos cadeirantes em projetos culturais, eventos corporativos, shows e videoclipes, possibilitando a inserção profissional de Pessoas com Deficiência (PCDs) no mercado artístico. Ele também utiliza o espaço da Secec para esse trabalho.
“A dança é para todos, e seu poder da transformação vai além dos aspectos físicos e emocionais. É ferramenta no processo de superação e autoaceitação para que as pessoas se mantenham motivadas a lutar por seus objetivos e sonhos”, acredita o coreógrafo, que tem formação prática adquirida em viagens a vários países.
Cadeirante, o jovem modelo e atleta Mateus Moreira participou de uma aula experimental no Centro de Dança no dia seguinte ao aniversário de Brasília (22). “Fiquei feliz, adoro dançar, faz bem para a autoestima, para o bem-estar”, disse.
*Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF