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07/05/2023 às 16:37, atualizado em 07/05/2023 às 16:49
Moradora do Paranoá, família de venezuelanos é atendida pelos programas sociais do DF e vê no aprendizado do futebol a alegria dos filhos
Há apenas cinco meses no Distrito Federal, integrantes de uma família venezuelana falam com alegria que ganharam uma nova vida. Atendida pela rede de assistência social do governo, com os três filhos matriculados no Centro de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente (Caic) do Paranoá e alimentando sonhos de dois deles em uma escolinha de futebol, a família Urbaneja se distanciou da triste realidade que vivia no país vizinho.
A nossa atuação junto a refugiados intensificou-se por dois motivos: a escalada da pandemia e as questões sociopolíticas. Como no caso da Venezuela, por exemploAna Paula Marra, secretária de Desenvolvimento Socialdireita
Moradores do Paranoá Parque, o casal e os três filhos entre 4 e 9 anos de idade chegaram ao Brasil por Pacaraima (RR), na fronteira com a Venezuela, há cerca de dois anos. Segundo a matriarca, Elizabeth Vallejo, 34, entre os problemas que passavam na cidade de Maturín estava a fome. “Mesmo com as duas ocupações que o meu marido possuía, não conseguíamos dar o sustento aos nossos filhos”, diz. “Lá, não fazíamos as três refeições. Tinha dia que era ou o almoço ou a janta”, conta com ar de tristeza.
É no esporte que os meninos venezuelanos se realizam. Angel e Diego são amantes da pelota e treinam futebol no Centro de Formação de Atletas do time Capital. Um projeto social realizado no estádio JK, reformado por meio do projeto Adote uma Praça, do governo, com a diretoria do clube após uma década fechado.
“Aqui, aprendo a chutar, a defender e a fazer gols”, conta o inquieto Diego, 7 anos. Já o irmão mais velho Angel, fã do argentino Lionel Messi, afirma que seu sonho é ser um atleta profissional. Os treinos e a convivência com os colegas ajudam a driblar as dificuldades do idioma.
Com 800 alunos inscritos gratuitamente, na faixa etária de 7 a 19 anos, a escolinha é uma febre entre moradores do Paranoá, Itapoã e redondezas. “Aqui não só garimpamos talentos para o Capital, mas damos oportunidade a todos de praticar um esporte, de desenvolver habilidades e fazer amizades”, explica o diretor das categorias de base do Capital, Manoel Miluie. E, assim, em meio a uma rede de apoio variada, os hermanos de Maturín vão fincando raízes no DF, onde enfim puderam sonhar com um futuro melhor.