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28/05/2023 às 14:08, atualizado em 30/05/2023 às 11:54
Acompanhamento de perto e projetos lúdicos: entenda o que faz do lanche nas escolas de Brasília um exemplo de alimentação saudável
Oferta de mais proteínas, inclusão de alimentos orgânicos com frutos do cerrado na dieta, atividades lúdicas e participação da agricultura familiar. Tudo isso são fatores que fazem a alimentação escolar do DF ser referência nacional. A Secretaria de Educação (SEE) está prestes a dar um passo além e receber a visita de uma delegação internacional para conhecer o lanche distribuído nas escolas do DF.
“Nosso trabalho é sempre oferecer uma alimentação de qualidade a todos os estudantes do DF, sem exceção, distinção de idade ou modalidade”, afirma Stela Nasser Araújo Bon, diretora de alimentação escolar da Secretaria de Educação.
Os cardápios e manuais de boas práticas alimentares são elaborados por uma equipe técnica de nutricionistas, considerando a quantidade de proteínas e nutrientes per capita adequada a cada faixa etária. Sempre que surge uma sugestão de cardápio, são realizados testes de aceitabilidade com nutricionistas do quadro da Secretaria de Educação, integrantes da comunidade escolar e integrantes do Conselho de Alimentação Escolar. O próximo passo é aplicar o mesmo teste em escolas selecionadas aleatoriamente, e, caso aprovado, a alteração é inserida no cardápio padronizado para toda a rede pública do DF.
O Jardim de Infância 603 atende 437 alunos no Recanto das Emas. As crianças, com idade entre 4 e 5 anos, recebem bem a merenda escolar. José Pedro, de 5 anos, fala de seu prato favorito na escola: “Gosto quando é macarrão. Acho muito gostoso”, diz ele enquanto experimenta a novidade do dia, uma receita com polenta.
Uma das professoras da pré-escola, Késia Siqueira Barbosa, de 31 anos, informa que é um prato novo e pensou que os estudantes não aceitariam bem, mas eles gostaram bastante. Ela afirma que os poucos alunos que trazem lanche ainda comem a comida da escola.
“Eles elogiam bastante a comida, comem bem. A escola tem o projeto de deixar a comida mais gostosa, bem temperada, a cor mais atrativa… as merendeiras são ótimas. Às vezes a criança não tem isso em casa e aqui tem esse complemento”, acentua.
Ela também frisa que as regionais de ensino e a Secretaria de Educação sempre acompanham o trabalho de perto e sempre há conversas sobre a aceitação e adaptação dos alunos.
“Às vezes elas só se alimentam na escola, então há essa preocupação de fazermos algo com valor nutricional alto. As regionais de ensino e a Secretaria de Educação escutam muito a gente. Não é algo que vem de cima pra baixo, essa comunicação é muito importante, ser ouvido e respeitado”, destaca.