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21/07/2016 às 18:16, atualizado em 09/08/2016 às 15:39
Durante a inauguração, nesta sexta (22), também serão entregues certificados aos adolescentes que concluíram curso de produção de hortaliças oferecido pela Emater-DF
Uma horta orgânica cultivada por adolescentes em conflito com a lei será inaugurada na sexta-feira (22), às 15 horas, na Unidade de Internação de São Sebastião. Também serão entregues 20 certificados aos alunos da segunda turma do Curso Prático de Produção Agroecológica de Hortaliças, ministrado de fevereiro a julho na unidade.
Tanto a horta quanto o curso prático fazem parte do projeto Cultivar para Reintegrar, do Programa de Agricultura Urbana da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF). O programa é financiado por meio de convênio com o Ministério de Desenvolvimento Social e Agrário, que envia insumos para a empresa pública a fim de estimular o ensino de agricultura em escolas e nas unidades do sistema socieducativo.
A professora da Secretaria de Educação do DF Roberta de Sousa Matos, criadora do Cultivar para Reintegrar, decidiu iniciar o projeto na Unidade de Internação de São Sebastião por ser a única em Brasília para a qual os recursos do ministério não seriam enviados. Como a unidade não tem funcionários com especialização em agricultura, não pôde recebê-los. Mas o objetivo é estender o curso prático de produção para outras unidades socioeducativas do DF.
As hortaliças plantadas são vendidas para os servidores da Unidade de Internação de São Sebastião, e o dinheiro é revertido para melhorias na horta orgânica. Segundo a professora, a intenção é que, futuramente, os produtos cultivados sejam vendidos também para pequenos agricultores da região administrativa.
O trabalho externo permite que os adolescentes interajam uns com os outros e com os funcionários. Outras vantagens, de acordo com Roberta, são o ensino de noções de responsabilidade e de educação financeira e o aumento da autoestima. “A horta produzida mostra para a sociedade que eles são adolescentes normais e não apenas bandidos, como eles são vistos”, diz a professora.
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As unidades de internação são vinculadas à Secretaria de Políticas para Crianças, Adolescentes e Juventude. Existem seis no Distrito Federal: uma em Planaltina, duas no Recanto das Emas — uma de saída sistemática, que abriga jovens que estão cumprindo os últimos três meses da medida socioeducativa —, uma em Santa Maria e duas em São Sebastião — uma delas de internação provisória.
Edição: Marina Mercante