13/06/2023 às 13:03

Rede pública vacina pacientes em condições clínicas especiais contra HPV

Ação também imuniza crianças e adolescentes; no público infantojuvenil, adesão é menor entre os meninos

Por Agência Brasília* | Edição: Vinicius Nader

A vacinação é o meio mais seguro e eficaz de se prevenir contra a infecção do papilomavírus humano (HPV). A rede pública de saúde do Distrito Federal atua conforme as diretrizes do Programa Nacional de Imunizações (PNI) para imunizar a população. Crianças e pré-adolescentes de 9 a 14 anos seguem o esquema de duas doses e intervalo recomendado de seis meses entre a primeira e a segunda administração da vacina.

No DF, a cobertura vacinal entre as meninas é maior que no público masculino. De acordo com a gerente da Rede de Frio da Secretaria de Saúde (SES), Tereza Pereira, desde o início de 2023, a cobertura vacinal da segunda dose foi administrada em 56,6% das meninas e somente em 25,6% dos meninos. Ela alerta para a importância da administração das doses: “A vacina tem o potencial de prevenir casos de câncer relacionados ao vírus e pode reduzir a ocorrência de verrugas genitais e lesões pré-cancerosas no pênis, ânus, vulva e vagina”.

No DF, a cobertura vacinal contra o HPV entre as meninas é maior que no público masculino | Foto: Arquivo/Agência Saúde

O HPV é uma infecção sexualmente transmissível (IST). Trata-se de um vírus capaz de infectar tanto a pele quanto a mucosa oral, genital e anal de homens e mulheres, provocando verrugas ou lesões que podem evoluir para um câncer, como de colo do útero, vulva, vagina, ânus, pênis e orofaringe.

A principal forma de transmissão desse vírus ocorre por meio de relações sexuais, mas também pode haver o contágio sem penetração desprotegida, como explica a ginecologista Fabyanne Borges, da SES. “O contato genital, pele a pele, é um modo de transmissão reconhecido. É importante que as mulheres façam o exame Papanicolau regularmente, pois ele permite identificar lesões precursoras do câncer do colo do útero”, alerta.

A médica afirma ainda que, na maioria dos casos, os portadores de HPV não apresentam nenhum sintoma, mas podem infectar outros indivíduos. Segundo a profissional, a baixa imunidade pode provocar a multiplicação do vírus e, consequentemente, o aparecimento de lesões. Segundo o Ministério da Saúde, as primeiras manifestações do HPV surgem entre, aproximadamente, dois e oito meses, mas pode demorar até 20 anos para aparecer algum sinal da infecção.

*Com informações da Secretaria de Saúde