15/07/2023 às 13:33, atualizado em 25/08/2023 às 12:46

Mutirão de atendimento oftalmológico já beneficiou mais de oito mil alunos

Projeto garante consultas e óculos de grau gratuitos a crianças de escolas da rede pública de ensino do DF

Por Thaís Miranda, da Agência Brasília | Edição: Débora Cronemberger

Mais de 600 alunos da rede pública de ensino diagnosticados com algum problema de visão foram convocados para o mutirão gratuito de atendimento oftalmológico neste sábado (15), no auditório da Coordenação Regional de Ensino do Recanto das Emas. Depois de beneficiar mais de oito mil crianças, esta é a reta final da segunda edição do projeto Em um Piscar de Olhos — que faz exames oftalmológicos de graça e identifica problemas de visão em estudantes do Distrito Federal (DF).

“É muito bom estar aqui com ele, receber esse benefício e poder colaborar com o futuro dele”, afirmou o pai Wellington de Oliveira Silva, pai de Calebe Cerqueira, 7 anos

Em três anos, o projeto cresceu e hoje está no DF e em cinco estados: Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Roraima e Santa Catarina. São mais de 30 mil crianças atendidas e a meta é chegar a 100 mil ainda neste ano.

Os recursos são de emenda parlamentar do ex-deputado José Gomes, que selecionou as regionais de ensino atendidas pelo projeto. Depois disso, a Secretaria de Educação e a coordenação regional definiram que escolas receberiam a ação.

“Nós estamos com algumas emendas parlamentares em andamento e a gente espera que, sendo liberadas, a gente dê continuidade ao andamento do projeto. Se tudo der certo, a previsão é beneficiar outras 30 mil crianças ainda neste ano”, revelou Leonardo.

Recanto das Emas

Entre 24 de abril e 27 de junho, foram atendidas 18 escolas do Recanto das Emas, com 3.082 crianças triadas e 609 delas com problema de refração (19,75%). Chamou a atenção o alto índice do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 801: 26,78% das 168 crianças triadas, ou seja, 45 foram identificadas com problemas oftalmológicos.

A autônoma Natália Nunes, 25 anos, é mãe da pequena Isabela Nunes, 5 anos. Ela conta que soube do problema de visão da filha por meio de um bilhete que a escola enviou na agenda. “Ficamos sabendo pela escola, eles mandaram um bilhete falando que ela precisaria usar óculos e que teria essa ação aqui hoje. Nós viemos e foi ótimo. Infelizmente vai precisar usar os óculos, porque está com dois graus de miopia”, disse.

Já o Calebe Cerqueira, 7 anos, aproveitou a oportunidade para trocar a armação dos óculos que usa desde os dois anos de idade. “Fomos comunicados que ele teria de trocar os óculos. Fizemos os exames, o grau dele diminuiu. É muito bom estar aqui com ele, receber esse benefício e poder colaborar com o futuro dele”, afirmou o pai Wellington de Oliveira Silva, autônomo de 51 anos.

Mutirão de atendimento oftalmológico já beneficiou mais de oito mil alunos