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12/08/2023 às 18:13, atualizado em 12/08/2023 às 18:39
Realidade dos mais de 93 mil moradores da região é bem diferente de anos atrás; GDF leva asfalto e calçadas para os três trechos, com rede de drenagem em fase de finalização
O montador de forro Francisco de Assis Pereira, 40 anos, mora há 17 anos no Trecho 3 do Sol Nascente/Pôr do Sol. O mesmo período em que vive na cidade foi o tempo que ele aguardou a chegada do pavimento em frente à sua casa. “Era muito buraco, lama e poeira. Era um transtorno. Quando dava chuva, era enxurrada e lamaceiro, quando no tempo da seca, era poeira. Mas finalmente a melhoria chegou para a gente aqui”, comemorou.
Até 2021, a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad), que coletou dados entre maio e dezembro daquele ano, identificava 56,4% das moradias instaladas em ruas asfaltadas e pavimentadas, 48,2% em ruas com calçadas e 38,1% com drenagem de água da chuva. Atualmente, as áreas dos trechos 1 e 2 estão com a infraestrutura praticamente completa, enquanto o Trecho 3 está na fase de execução dos serviços.
Desafios
Por se tratar de uma cidade extensa, que surgiu em meio a uma invasão em Ceilândia e que continua em crescimento acelerado com mais de 93 mil habitantes, os serviços para a implantação de infraestrutura se tornam desafiadores. Para se ter uma ideia, no ano 2000, a região tinha pouco mais de 7 mil moradores. Em 2010, já eram 75 mil pessoas. Os projetos contratados precisaram ser alterados e melhorados para a realidade atual da cidade.
“Temos procurado fazer da melhor maneira possível e da forma mais rápida, com todas as dificuldades que uma obra de infraestrutura tem em uma cidade ocupada, como interferências de execução e problemas técnicos, que vamos vencendo e avançando na medida do possível”, destaca Luciano Carvalho.
O local que antes foi considerado a maior favela do Brasil, se tornou a 32ª região administrativa do Distrito Federal em 2019, na gestão do governador Ibaneis Rocha. E assim, em meio a desafios e soluções, a realidade da população do Sol Nascente/Pôr do Sol se transforma a cada novo investimento levado pelo GDF desde então.
A dona de casa Débora Cardoso, 28 anos, é uma das moradoras que teve essa realidade mudada. A rua em que mora com a filha Maria Isis, no Trecho 3, acabou de ganhar bloquetes no lugar de terra. “Moro há mais de um ano aqui. Quando chovia, era só lama. A casa nunca ficava limpa, as crianças não podiam ficar brincando fora de casa. Depois que colocaram os bloquetes, ficou bem melhor. Agora as crianças podem brincar e andar de bicicleta e não sujam mais tanto a roupa e os sapatos”, lembra.
As melhorias na cidade, inclusive, fizeram a mulher repensar a ideia de retornar ao seu estado natal. “Melhorou 100%. Eu estava planejando voltar para Minas Gerais este ano, mas agora eu quero ficar aqui”, conta.