16/08/2023 às 18:14, atualizado em 16/08/2023 às 18:59

Mulheres da Marcha das Margaridas recebem acolhimento do GDF

Na 7ª edição do evento, a SES-DF integrou o espaço “Educar & Cuidar da Saúde”, proporcionando práticas integrativas, como reiki e massagens, além de vacinação

Por Agência Brasília* | Edição: Saulo Moreno

Maria José da Silva, trabalhadora rural, veio de ônibus de Itajubá (MG) para participar, pela primeira vez, da Marcha das Margaridas, em Brasília. O evento, que está na 7ª edição e é realizado a cada quatro anos, reúne mulheres rurais em busca de soluções para pautas das mulheres do campo, da floresta, das águas e das cidades. Na capital federal, a mineira aproveitou para atualizar a caderneta de vacinação no espaço Educar & Cuidar da Saúde.

A Marcha contou com a participação de mais de 100 mil mulheres. A oferta de serviços durante um evento deste porte auxilia no cuidado e prevenção de várias doenças

Para Júnior Pontes, representante da Contag, é importante aliar o atendimento médico às práticas tradicionais de cuidado com a saúde, que já são desempenhadas por muitas dessas mulheres em seus territórios.

“Nosso objetivo é ofertar um cuidado diferenciado, para além do atendimento médico. Queremos potencializar a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, trazendo para esse espaço o que essas mulheres já fazem no seu cotidiano, que é cuidar de uma das outras com o que elas produzem na terra”, destacou.

Para potencializar esses saberes, ao lado do espaço, ficou localizada a Tenda Cura, um local onde foram realizadas sessões de conversa sobre temas específicos da área, como equidade de raça e gênero, saúde mental e o uso de plantas medicinais.

Marcha das Margaridas

Com o lema Pela Reconstrução do Brasil e pelo Bem Viver, a Marcha conta com a participação de mais de 100 mil mulheres, que se reúnem para debater temas como a democracia participativa e a soberania popular, o combate à violência de gênero, a proteção da natureza, a importância da reforma agrária, dentre outros.

O objetivo é trazer à tona as pautas políticas das mulheres do campo, das florestas e das águas, homenageando a história de Margarida Maria Alves, ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Alagoa Grande, na Paraíba, que foi assassinada em 1983. Desde então, a liderança se tornou símbolo da resistência de milhares de homens e mulheres que buscam justiça e dignidade.

*Com informações da SES-DF

Mulheres da Marcha das Margaridas recebem acolhimento do GDF