17/08/2023 às 19:03

DF ganha comissão permanente para eliminar transmissão vertical de sífilis

‌O objetivo é que o grupo de trabalho certifique as regiões de saúde que atendam aos critérios e aos indicadores previamente estabelecidos pelo Ministério da Saúde por meio de selos de boas práticas

Por Agência Brasília* | Edição: Vinicius Nader

O Distrito Federal passa a contar com uma comissão distrital permanente (CDP) para a certificação da eliminação da transmissão vertical da sífilis com o selo DF. A portaria de criação foi publicada no Diário Oficial do DF (DODF). ‌O objetivo é que a CDP certifique as regiões de saúde que atendam aos critérios e aos indicadores previamente estabelecidos pelo Ministério da Saúde e que estão contemplados no Plano Integrado para Prevenção, Vigilância e Controle da Sífilis 2021/2024.

A comissão será composta por representantes da Coordenação de Atenção Primária à Saúde (Coaps), da Rede Cegonha, da Gerência de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis (Gevist) e do Comitê Central de Investigação da Transmissão Vertical. Entre as atribuições do colegiado estão a análise e divulgação das experiências bem-sucedidas e o aperfeiçoamento das ações de controle da doença.

A certificação por meio de selos de boas práticas é uma estratégia do Ministério da Saúde para estados e municípios que ainda não atingiram as metas de eliminação da transmissão vertical de HIV e de sífilis

A certificação por meio de selos de boas práticas é uma estratégia do Ministério da Saúde para estados e municípios que ainda não atingiram as metas de eliminação da transmissão vertical de HIV e de sífilis, mas apresentam indicadores com metas gradativas, que variam de acordo com diferentes categorias, como bronze, prata e ouro. Quanto maior o nível do selo alcançado, mais próximo da certificação de eliminação da transmissão vertical o município estará.

Em 2022, o Ministério da Saúde certificou 43 municípios que demonstraram aumento no coeficiente de detecção de sífilis adquirida e em gestantes, que causou a redução da incidência da sífilis congênita. Como o Distrito Federal possui uma organização diferente das outras unidades federadas, criou-se a possibilidade da certificação local, por região de saúde. Assim, cada região poderá ser avaliada individualmente, levando-se em consideração as suas especificidades.

Embora seja transmitida principalmente por contato sexual desprotegido com uma pessoa infectada, a sífilis também pode ser transmitida da mãe para o feto durante a gravidezesquerda

Com o intuito de estimular as regiões de saúde e reconhecer os esforços na redução da sífilis congênita, a SES-DF criou o selo DF de boas práticas rumo à eliminação da sífilis congênita, estratégia que reconhece as singularidades de cada região analisada. Para conquistar o selo, as regiões devem cumprir a lista de requisitos para a certificação, que será checada pelos membros da comissão permanente.

Sífilis

A doença é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum. Ela pode afetar várias partes do corpo e se desenvolver em diferentes estágios, com sintomas variados em cada fase. Em muitos casos, apresenta-se de forma assintomática ou com sintomas imperceptíveis. Por isso, é tão importante prevenir e realizar testagens periódicas.

Para prevenir a sífilis, é necessário o uso de preservativos durante as relações sexuais, o rastreamento e tratamento adequado de infecções em gestantes e parceiros sexuais, além de exames regulares para detecção precoce da doença.

Embora seja transmitida principalmente por contato sexual desprotegido com uma pessoa infectada, a sífilis também pode ser transmitida da mãe para o feto durante a gravidez – conhecida como transmissão vertical, ocasionando a sífilis congênita, que pode levar a uma série de complicações para o bebê.

*Com informações da Secretaria de Saúde