28/09/2023 às 19:37

Drenar DF: obras de escoamento pluvial atingem 3 km de escavações

Solução para enxurradas e alagamentos recorrentes na Asa Norte, primeira etapa do projeto recebeu investimento superior a R$ 174 milhões

Por Catarina Loiola, da Agência Brasília | Edição: Vinicius Nader

As obras do Drenar DF seguem em ritmo ágil. Nesta quinta-feira (28), as escavações dos túneis – também chamados de galerias – alcançaram 3 km do total de 7,68 km previstos. A tubulação está sendo construída na Asa Norte, partindo da Arena BRB (Estádio Nacional Mané Garrincha) e indo até o Lago Paranoá, com o método tunnel liner, em que apenas os poços de visita (PVs) são vistos pela população. Dos 103 PVs previstos, 45 estão concluídos e 27 em andamento.

‌A primeira etapa do Drenar DF é executada pela Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap) com investimento na ordem de R$ 174 milhões. O sistema segue em paralelo às quadras 902, 702, 302, 102, 202 e 402 da Asa Norte e cruza o Eixo Rodoviário Norte (Eixão) e a L2 Norte. Ao final do percurso, no Setor de Embaixadas Norte, está sendo construída uma bacia de detenção, que ficará dentro do Parque Internacional da Paz.

Dividida em cinco lotes, que iniciaram em datas diferentes a partir de janeiro, a obra visa acabar com alagamentos e enxurradas. Novas etapas do projeto serão promovidas nas quadras 10 e 11 da Asa Norte, nas quadras com final 13 da Asa Sul e em Taguatinga. Até o momento, as cinco empresas geraram mais de 300 empregos.

“Alcançar 3 km de escavação é um marco muito importante. Estamos trabalhando com agilidade para entregar esse projeto, que vai corrigir alagamentos e trazer mais segurança aos moradores durante a época de chuva de forma definitiva”, avalia o presidente da Terracap, Izidio Santos Júnior. O fluxo pluvial da região será direcionado às novas galerias pelas bocas de lobo existentes e por mais 274 previstas no projeto e desaguará no Lago Paranoá.

Os túneis são escavados com o método tunnel liner, que concentra quase todos os serviços no subterrâneo, sem prejudicar a rotina dos cidadãos. Os operários chegam às galerias pelos PVs, que podem ter até 22 m de profundidade, para fazer a escavação de forma manual, com pás e picaretas. Desta forma, os transtornos são mínimos, sem desvios no trânsito ou abertura de valas, por exemplo.‌

‌A cada 46 cm de solo escavado, são montadas chapas de aço curvadas para sustentar o túnel aberto – o que garante segurança aos operários. Além disso, o interior da tubulação é revestido com uma camada de concreto que varia de 5 a 7,5 cm de espessura, medida que protege o aço do efeito corrosivo da água.