31/08/2016 às 18:09, atualizado em 31/08/2016 às 18:31

Desemprego no Distrito Federal diminui  

É a primeira queda desde julho de 2015. A construção civil registrou aumento de 2 mil postos de trabalho de junho a julho deste ano

Por Da Agência Brasília

O Distrito Federal registrou cerca de 4 mil desempregados a menos em julho na comparação com junho. De acordo com a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), divulgada nesta quarta-feira (31), o número de pessoas sem emprego passou de 301 mil em junho (19% em relação à população economicamente ativa — PEA) para 297 mil em julho (18,9%). Essa foi a primeira queda registrada pela pesquisa desde julho de 2015.

A PED é feita pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), pela Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

O número de pessoas no mercado de trabalho — ocupadas ou procurando emprego — também diminuiu. Em julho, 7 mil deixaram a população economicamente ativa, o que significa menor demanda por empregos no DF. “É possível acreditar que atingimos o teto e, agora, começamos a reduzir o desemprego em Brasília”, afirmou o presidente da Codeplan, Lucio Rennó.

“É possível acreditar que atingimos o teto e, agora, começamos a reduzir o desemprego em Brasília”Lucio Rennó, presidente da Codeplanesquerda

De acordo com o levantamento, a redução da PEA amorteceu o fechamento de 4 mil postos no DF e contribuiu para a estabilidade da taxa de desemprego.

A construção civil puxou a queda do desemprego

Pelo segundo mês consecutivo, a construção civil apresentou o melhor desempenho no mercado de trabalho. Em julho, 2 mil vagas foram abertas. Em termos porcentuais, trata-se de um aumento de 3,1%. Para o presidente da Codeplan, o crescimento de ofertas de empregos no setor é resultado do aumento do número de alvarás de construção concedidos pela Central de Aprovação de Projetos, da Secretaria de Gestão do Território e Habitação, e de obras públicas.

Serviços, por sua vez, teve redução de 6 mil postos de trabalho. “Chama a atenção o dado, porque serviços é um dos setores mais representativos para a economia do DF”, destacou a gerente de Pesquisas Socioeconômicas da Codeplan, Iraci Peixoto. Já indústria de transformação e comércio permaneceram estáveis, com reduções de postos menores que 1%.

A quantidade de pessoas ocupadas segue em queda e está estimada em 1.278 milhão de pessoas, de acordo com a PED. O número de cidadãos com carteira assinada no setor privado também reduziu e ficou em 547 mil — em junho, eram 550 mil. Os trabalhadores sem carteira, em julho, somaram 100 mil pessoas. No setor público, 242 mil estavam com carteira assinada em julho — 2 mil a menos que em junho.