22/10/2023 às 09:21, atualizado em 25/10/2023 às 10:21

Gata bombeira e cão detetive: conheça os mascotes de órgãos do GDF

Conheça a história de bichinhos que ganharam o coração de servidores e acompanham os profissionais no dia a dia de trabalho

Por Jak Spies, da Agência Brasília | Edição: Débora Cronemberger

Quem acha que os pets são apenas de estimação, se engana. Com direito a identificação na coleira, os mascotes dos órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF) ajudam a farejar fugitivos e até a combater incêndios. Conheça a história de três animaizinhos que ganharam o coração dos funcionários e acompanham os profissionais no dia a dia de trabalho.

Fumaça, a gatinha bombeira

“Ela sempre teve esse instinto animal de defesa do quartel. É nossa mascote e nós somos muito felizes com ela, é todo mundo apaixonado”, diz o subtenente Júnio Gomes

O bombeiro lembra que a mascote inclusive já ajudou a extinguir um incêndio que não estava sendo visto pelos militares que estavam no quartel, por ter iniciado dentro da secretaria que estava fechada e fora do horário de expediente.

Foi para o segundo-sargento Flávio Queiroz Damasceno que a gatinha correu para avisar do incêndio que se alastrava no quartel, em 2018. Ele estava de serviço à noite, quando Fumaça chegou inquieta, por volta de 1h da manhã.

“Ela estava com a gente há três anos. Percebi que ela não ficava quietinha, como normalmente. Ela ficava miando, como se estivesse me chamando pra alguma coisa. Aí eu perguntava ‘o que foi, Fumaça?’ e ela não vinha, ficava sempre querendo sair e descer a escada”, recorda o bombeiro.

Quando o sargento percebeu que talvez fosse alguma coisa, começou a seguir a gata. Ele desceu a escada atrás dela, que foi em direção ao incêndio que estava tendo dentro da secretaria – um modem no teto havia começado a pegar fogo. “Quando eu cheguei na secretaria, o fogo já estava bem grande, no teto. Foi quando chamei o restante da equipe e conseguimos debelar o incêndio. Mas foi ela que me chamou”, relata.

Por volta de seus 12 anos de idade, Fumaça é a xodó do quartel. O subtenente Júnio Gomes explica que a gatinha sempre foi muito ativa e até uns anos atrás pegava cobra, calango e não deixava nenhum animal rasteiro entrar na unidade. “Ela sempre teve esse instinto animal de defesa do quartel. É nossa mascote e nós somos muito felizes com ela, é todo mundo apaixonado”, declara o subtenente.

Sherlock, o cão detetive

Da raça bloodhound, Fiona e Sherlock vieram de Jaraguá do Sul (SC) para reforçar o trabalho do BPCães

“Ele é muito forte. Depois que pega o cheiro que deve seguir, já era, ele não para nunca. Mas é importante destacar que é uma raça calma e dócil, por isso realiza tantas interações com o público. Justamente por isso a gente escolheu ele como nosso mascote. Os policiais tem uma excelente vivência com ele”, afirma a tenente Julie.

Daí veio o nome Sherlock, um “investigador” que acha tudo, fazendo referência ao detetive das histórias de Arthur Conan Doyle. Outra curiosidade é que a primeira-dama Mayara Noronha Rocha é madrinha dos dois cãezinhos, visto que ela foi a responsável pela doação dos animais à corporação.

Sherlock já foi empregado em várias ocorrências de rastreio de fugitivos da polícia e atualmente ele é a cara e o sucesso do batalhão no que diz respeito à interação com crianças e idosos, por serem cães extremamente brincalhões, dóceis e muito resistentes.

Os cachorros bloodhound pesam entre 50 kg e 60 kg, com altura de até 60 cm. Eles podem viver até aproximadamente 13 anos, mas na PMDF eles se aposentam aos sete.

Fumaça, a cadela das rondas

Fumaça acompanha a ronda de vistorias feitas pelos brigadistas na unidade da Novacap

Fumaça teve oito filhotinhos e todos foram adotados por funcionários, colaboradores e terceirizados da Novacap. Em seguida, uma rifa foi feita para levantar fundos e castrar a cadelinha, que, com a arrecadação de sucesso, além da ração e assistência, ganhou até uma coleira personalizada com seu nome escrito.

“Já era claro que ela ia ser daqui, ia ser nossa mascote e a adoção já estava feita”, acentuou Schubert. Logo a cadela começou a seguir os brigadistas que fazem a ronda de vistorias na unidade e foi cativando todos os funcionários. As rondas são para checar os equipamentos de combate a incêndios, verificar se está tudo em ordem e fazer todo o trabalho de prevenção.

“A gente achou essa atitude dela bem curiosa. Ela é muito dócil, se dá bem com todo mundo. Em alguns setores ela já sabe exatamente onde ir e vai na frente, entrando nas salas e olhando. Ela humanizou alguns setores, porque às vezes a pessoa está estressada no serviço e a Fumaça vai lá, dá uma paradinha, brinca com ela, distrai um pouco. Fica um ambiente muito gostoso, onde ela entra leva alegria”, destacou Schubert.

Além de ser cuidada, Fumaça também ajuda a cuidar. A ração que ela recebeu e já não come mais, específica para castrados, foi doada para os cachorrinhos que ficam no Viveiro II da Novacap, unidade perto da Água Mineral. “Ela está fazendo as rondas e ainda ajudando os irmãozinhos perdidos por aí”, observou João Carlos.

22/10/2023 - Gata bombeira e cão detetive: conheça os mascotes de órgãos do GDF