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26/10/2023 às 11:14, atualizado em 26/10/2023 às 17:08
Só este ano, unidades públicas registraram mais de 245 mil atendimentos no DF; Adolescentro e Centro de Orientação Médico-Psicopedagógica já começam a receber nova estrutura
Em 2023, as unidades públicas de saúde mental realizaram mais de 245 mil atendimentos em todo o Distrito Federal. Para ampliar ainda mais o acesso a esses serviços, a rede passa por melhorias.
No Adolescentro, as salas de recepção e de arquivo estão sendo reorganizadas, para abrigar mais uma sala de assistência. Já o Centro de Orientação Médico-Psicopedagógica (Compp) estruturou um novo espaço para atendimento em grupos. Com a mudança, a unidade pretende duplicar o número de acolhimentos semanais a novas crianças e adolescentes.
Ansiedade, depressão e transtornos de identidade de gênero e alimentar estão entre as principais demandas esquerda
De janeiro a agosto deste ano, as equipes do Compp e do Adolescentro prestaram, juntas, mais de 65 mil atendimentos. No mesmo período, considerando assistência individual, coletiva e ações de promoção à saúde, o Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (Capsi) da Asa Norte atendeu 21 mil pessoas.
Entram ainda nesse total conta as atuações de todas as unidades do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) e outras três do Capsi, localizadas em Sobradinho, Recanto das Emas e Taguatinga. Essas últimas unidades acolhem crianças e adolescentes que apresentam sofrimento mental grave e persistente, incluindo casos de uso abusivo de álcool e outras drogas. Entre as principais demandas recebidas, estão transtornos de identidade de gênero e alimentar, ansiedade, depressão, violência e déficit intelectual.
Acesso
Na rede da Secretaria de Saúde do DF (SES), os cuidados infantojuvenis de saúde mental contam com três níveis de atendimento. O primário é oferecido nas unidades básicas de saúde (UBSs). Os casos que necessitam de atenção secundária, isto é, problemas de saúde mental moderados, entram na regulação para o atendimento multiprofissional em centros especializados, como o Adolescentro e o Compp.
Nos Capsis, o acolhimento é diferente e pode ocorrer por meio de demanda espontânea (procura direta do usuário) ou por encaminhamento da rede de saúde ou da intersetorial (educação, assistência social, justiça). Para o primeiro atendimento no centro psicossocial, é indicado que o paciente esteja acompanhado de familiar ou do responsável legal.
Atividades
As reuniões em grupos realizadas no Compp fazem parte da proposta terapêutica do local e incluem resultados efetivos, reconhecidos pelos profissionais e pelas famílias que participam da experiência.
“Os grupos oferecem orientações sobre o neurodesenvolvimento na infância e na adolescência; são muito produtivos”, analisa a nutricionista da SES Cláudia Carvalho, que levou ao Compp o conhecimento adquirido durante a atuação no Centro de Referência Interdisciplinar em Síndrome de Down (CrisDown).
Atendimento multiprofissional
A assistência oferecida no Compp está voltada a casos moderados em saúde mental e conta uma equipe multiprofissional. Dessa forma, as famílias possuem apoio integral, com várias especialidades que se aliam para solucionar as demandas de cada criança ou adolescente.
O filho de 4 anos do casal Erika Furtado, 28, e Frederico Silva, 32, foi avaliado primeiro na UBS e, em seguida, encaminhado ao Compp. “Está sendo ótimo receber orientações”, afirma a mãe. “Os profissionais analisam o caso do meu filho e sabem como agir. Com certeza estamos aprendendo a lidar melhor com ele. É a primeira vez que temos a atenção de uma equipe com várias especialidades. Dá para ver que o pessoal sabe lidar com as crianças. O Lucian se sente muito bem aqui, fica à vontade”.
*Com informações da Secretaria de Saúde do DF